relação entre relevo brasileiro e as massas de ar
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O clima do território brasileiro é caracterizado pela elevada variabilidade registrada ao longo de sua extensão. No norte, temos um clima equatorial, mais úmido. No nordeste e em parte do sudeste, predomina o semiárido, mais seco. No sul, o clima é o subtropical úmido, mais frio. Mas a maior parte do nosso território caracteriza-se pelo clima tropical, com verões quentes e úmidos e invernos secos e frios.
Assim, considerando essa variedade, bem como o fato de o Brasil possuir dimensões continentais, percebe-se que o clima no país é influenciado por várias massas de ar, que possuem diferentes dinâmicas e interações que sofrem transformações ao longo do ano.
É importante perceber que as massas de ar resguardam as características das regiões de onde elas surgem. Por exemplo: uma massa originada em uma zona muito fria e úmida será igualmente fria e úmida.
O Brasil, assim, sofre as variações de cinco massas de ar diferentes: a massa Equatorial continental (mEc), Equatorial atlântica (mEa), Tropical continental (mTc), Tropical atlântica (mTa) e a Polar atlântica (mPa).
Durante o verão, as quatro primeiras massas supracitadas vão compor a totalidade da influência climática. Dentre elas, apenas a mTc é completamente seca, isso porque as outras massas de ar vêm de ambientes úmidos (a floresta amazônica e os oceanos). Em razão dessa configuração, o verão no Brasil acaba herdando as características dessas massas, quais sejam: elevada umidade e altas temperaturas, tornando o clima quente e chuvoso durante esse período.
Durante o inverno, a massa Polar atlântica (mPa) passa a exercer maior influência sobre o espaço brasileiro, restringindo a mEc à Amazônia, sendo as demais empurradas para fora do país, embora a mEa continue atuando no litoral nordestino e a mTa no litoral sudeste. Tal dinâmica deixa o inverno mais frio, de forma que as menores temperaturas são registradas na região Sul e as maiores ao norte, principalmente em razão da proximidade com a Linha do Equador,
Agora que compreendemos como funciona a dinâmica das massas de ar no Brasil, fica mais fácil entender as explicações meteorológicas que vemos nos telejornais referentes às mudanças no clima. No entanto, ainda é preciso lembrar que existem os microclimas, isto é, aquelas variações climáticas que se alteram por questões mais locais, como a altitude de uma cidade ou o índice de poluição de sua zona urbana.