Filosofia, perguntado por bia9795, 9 meses atrás

redação sobre o tema "os privilegiados e a manutenção da desigualdade no Brasil"​

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Respondido por ana784965pcutkt
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O Brasil é um país marcado pela desigualdade na distribuição de riqueza e elevados níveis de pobreza, características herdadas no desenvolvimento do seu processo histórico, marcado pela ordenação de uma sociedade estamental.

Com isso, fazendo uso de um discurso ideológico dualista , como que dicotomizavam o mundo: de um lado, o mundo do trabalho, da moral, da ordem; de outro, um mundo às avessas – amoral, vadio, caótico – que deveria ser reprimido e controlado para não comprometer a ordem. Nesse sentido a expressão “classes perigosas” se referia basicamente àqueles fora do mundo fabril; mais especificamente àqueles que eram criminosos, delinquentes, ou simplesmente vagabundos e desordeiros, que viviam entre o cortiço e a rua, tentando impor a desordem.

Porém, outro fator de acirramento das desigualdades sociais nesse período é a educação. Nas primeiras décadas do século XX, a educação continuava como no Império, não tendo ocorrido, com a proclamação da República, mudanças sensíveis no sistema escolar brasileiro. Eram poucas as pessoas que tinham acesso à educação escolarizada. Não havia escolas suficientes, faltavam professores preparados para exercer o magistério e ocorriam alterações frequentes na orientação pedagógica, em consequência dos jogos político-partidários. Em geral, o sistema de ensino existente atendia apenas os filhos das elites brasileiras e refletia uma instituição que, pelos métodos que difundia, produzia e consolidava os valores da minoria dominante. A instrução primária estava a cargo dos estados, ficando o governo federal com a responsabilidade do ensino secundário e superior, níveis que estavam voltados para a formação das elites.

Então, o motivo para tal desigualdade foi o acelerado crescimento econômico quantitativo e qualitativo, marcado pela forte expansão dos setores mais modernos da economia e a presença massiva de novas tecnologias. Considerava assim que o comportamento das rendas relativas refletia, primordialmente, o desequilíbrio no mercado de trabalho, no qual a demanda teria beneficiado as categorias mais qualificadas, cuja oferta é mais inelástica, favorecendo ganhos salariais muito acima da média. Com o passar do tempo, esse desvio seria corrigido, porque a taxa de crescimento da economia tendia a atingir um valor mais estável e haveria a expansão da oferta de mão-de-obra qualificada, incentivada pelo aumento na rentabilidade privada dos investimentos em educação. Assim, o resultado seria a redução da desigualdade.

Espero ter ajudado !

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