Quando penso no funk carioca, naturalmente sou levado a pensar também no rap paulistano. Os dois vieram da pobreza, da ralé urbana, mais ou menos no mesmo momento da história recente do Brasil. Criaram seu próprio jeito, sua própria linguagem, seus próprios modos de existência. Extravasaram os limites da comunidade
e se impuseram na indústria cultural, determinando uma parte considerável de suas tendências. Criaram seus próprios circuitos, articulando autores, obras e público sem depender da benção do mainstream. Depois, claro, foram abençoados. Por afirmação ou negação, com ou sem resistência, tornaram-se parte incontornável de nossa história musical – da ideia confusa, gasta
e dilacerada, mas ainda existente, de música brasileira. Funk e rap parecem nutrir um parentesco subterrâneo.
Os dois foram trazidos de fora, e há neles a presença de um elemento “estrangeiro” que parece ter sido necessário para mover uma vida social que de outro modo permaneceria excessivamente inerte, excessivamente presa aos seus velhos jeitos e paixões. O funk e o rap oferecem respostas diametralmente opostas para problemas semelhantes: a miséria, a exclusão, a tentação do crime, etc.
E é justamente nessa oposição que um ajuda a revelar melhor o outro, como numa espécie de espelho invertido.
A língua oferece aos seus falantes variados mecanismos de coesão textual. No texto anterior, verifica-se, como recurso coesivo,
A. hiperonímia em “a miséria, a exclusão, a tentação do crime, etc.” (l. 22)
B. sinonímia em “Os dois foram trazidos de fora”. (l. 16)
C. elipse em “Criaram seus próprios circuitos”. (l. 8-9)
D. nominalização em “modos de existência”. (l. 5-6)
E. anáfora em “nossa história musical”. (l. 13)
Soluções para a tarefa
Olá, tudo bem?
o exercício é sobre figuras de linguagem
Figuras de linguagem são artifícios usados pelos autores para enriquecerem suas obras. No exercício em tela trataremos das seguintes figuras de linguagem:
→ Hiperonímia: a hiperonímia dá o sentido de todo, por exemplo: fruta em oposição a banana, laranja, maça,etc
→Sinonímia: significação muito próxima de vocábulos, por exemplo belo e esbelto
→elipse: quando se omite um termo da frase facilmente entendido
→nominalização: muda a estrutura da frase utilizando um substantivo para que um verbo seja alterado, muito usado em paráfrases.
→anáfora: repetição de palavras no início das frases. Por exemplo: Pensei ficar sozinho, Pensei ficar distante.
vamos ao exercício
A língua oferece aos seus falantes variados mecanismos de coesão textual. No texto anterior, verifica-se, como recurso coesivo,
A. hiperonímia em “a miséria, a exclusão, a tentação do crime, etc.” (l. 22)
Errado isso é hiponímia
B. sinonímia em “Os dois foram trazidos de fora”. (l. 16)
Errado, não há figura de linguagem aqui
C. elipse em “Criaram seus próprios circuitos”. (l. 8-9)
Errado, não há elipse ou outra figura de linguagem aqui
D. nominalização em “modos de existência”. (l. 5-6)
Correto, em vez de modo de existir , modos transforma o verbo em outro substantivo, existência.
E. anáfora em “nossa história musical”. (l. 13)
Errado , não há anáfora aqui, nem outra figura de linguagem
Saiba mais sobre figuras de linguagem, acesse aqui:
https://brainly.com.br/tarefa/26286397
Sucesso nos estudos!!!