Artes, perguntado por claraclaudia9070, 7 meses atrás

Fale sobre as artes de Vicente do Rego Monteiro​

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Respondido por Ash002
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Resposta:

Vicente do Rego Monteiro foi um desenhista, pintor, tipógrafo, escultor, poeta, Artista plástico de renome internacional, Rego Monteiro articulou a primeira exposição de arte moderna europeia da América do Sul, ocorrida no Recife em 1930, e professor de artes brasileiro do século XX. É considerado um importante representante a Arte Moderna no Brasil, principalmente no campo da pintura artística.

Explicação:

O pintor pernambucano Vicente do Rego Monteiro fez uma carreira de sucesso no começo do século 20, mas ele continua projetando seu nome mesmo depois de sua morte. Um de seus mais famosos quadros, o "Mulher com Galinhas" - pintura feita em Paris, na fase modernista do artista, datado de 1925 - foi vendido por mais de 800 mil reais no Rio de Janeiro. O quadro possui elementos do art déco com uma temática indígena, pontos muito explorados pelo artista.

Vicente iniciou seus estudos no Brasil, mas foi à Paris aprimorá-los. No exterior começa boas relações no círculo artístico francês, conhece os trabalhos de Miró, Lérger, Modigliani, Braque e outros intelectuais.Quando voltou ao Brasil, já no ano de 1915, dedicou-se a estudar as danças e o folclore brasileiro, também dedicou-se a estudar a arte das cerâmicas marajoaras. Sua primeira individual acontece em 1918, no Teatro Santa Isabel, de Recife, tendo como tema principal para seus desenhos, a dança.

Nos anos seguintes inicia seus contatos com os modernistas brasileiros, mas retorna à Europa, onde - desta vez - dedica-se a outro estilo artístico, a dança e o figurino. Suas atividades inclui elaboração e criação de máscaras e figurinos de ballet, organizar e promover espetáculos teatrais e de dança e ilustrando livros, empenhando-se também na a'rea da literatura, como poeta. Estas atividades também o impulsionaram para que ele pudesse ampliar sua produção artística como editor e produtor de eventos ao trazer para o Brasil, na companhia de Géo-Charles, uma exposição da Escola de Paris - do qual fez parte - em 1930, com telas de Lérger, Picasso, Braque e outros, que foi apresentada no Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Um de seus mais famosos quadros é o "Deposição", de 1924.

Entre as décadas de 30 e 50, o artista viva entre o Brasil e a França. Suas atividades continuaram a transitar por vários estilos artísticos. Durante suas andanças conheceu o poeta João Cabral de Melo Neto, que também o influenciou na arte e na poesia. Ele também decorou a Capela do Brasil no Pavilhão do Vaticano da Exposição Internacional de Paris, em 1937.

Em seus trabalhos, Vicente carrega o Brasil, independente da influência com a qual esteja trabalhando, seja em seus temas com as civilizações indígenas ou com tópicos especificamente brasileiros, como a paixão pelo futebol e a arte nordestina. Esta brasilidade está muito bem representada em diversas de suas telas.

Já na década seguinte, o artista de dedicou a todo para a poesia. Ele fundou a editora La Presse à Brás, especializada em poesia francesa e brasileira, e assim publicou seus primeiros versos no livro "Poema de Bolso". Também realizou importantes congressos na área no início dos anos 50. No final dos anos 50, ele retorna ao Brasil para ocupar o cargo de professor e mestre na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco.

O artista afirmou: "Eu planejo como um arquiteto. Eu uso cálculos sucessivos até achar a linha para a construção definitiva. Eu acho que o quadro, vou usar essa palavra, o quadro se fabrica, se constrói como uma casa. Esse negócio de falar de inspiração, de improvisação, só no tachismo e impressionismo, onde o artista vai com o corpo e a cara, com tudo, improvisa. Mas eu acho que o artista, depois do cubismo, constrói o seu trabalho. Para mim a linha é tão importante. A linha é exatamente o continente, e a cor, o conteúdo. A cor dá luz e sombra mas a linha é que define".

Em 1960, recebeu o Prêmio Apollinaire pelos sonetos reunidos no livro Broussais-La Charité. Vicente do Rego Monteiro faleceu em 1970, no Recife, por conseqüência de um segundo infarto.

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