" O quereres", canção de Caetano Veloso, pode ser um gênero discursivo bem interessante para que possamos falar de modernidade e poesia. Aponte no texto exemplos dessa figura de linguagem.
Soluções para a tarefa
Na canção "o quereres" de Caetano Veloso, conseguimos identificar o uso das seguintes figuras de linguagem: antítese, paradoxo e metáforas.
A figura de linguagem antítese, pode ser vista em versos como "onde queres tortura, mansidão". Nesse verso, vemos o uso de ideias opostas, é um verso contraditório. A antítese é a figura de linguagem caracterizada pelo uso de ideias contrárias.
Vemos também na canção o uso de paradoxo, que é quando vemos palavras opostas sendo usadas em um mesmo verso, por exemplo: "Faz-me querer-te bem, querer-te mal" . Veja que as palavras "querer-te bem" e "querer-te mal" são opostas.
Outra figura de linguagem vista é a metáfora que aparece nos versos que fazem comparação. Veja a metáfora no verso "onde queres bandido, sou herói", onde o eu-lírico compara o que sua amada quer, e o que ele é.
Introdução - figuras de linguagem
Figuras de linguagem são artifícios que o escritor utiliza para valorizar e embelezar seu texto.
Podemos assim classificar as figuras de linguagem:
Figuras semânticas
- Metáfora
- Símile ou Comparação
- Analogia
- Metonímia
- Perífrase
- Sinestesia
- Hipérbole
- Catacrese
- Eufemismo
- Pleonasmo
- Anáfora
- Ambiguidade ou Anfibologia
- Antonomásia
- Alegoria
- Simbologia
Figuras sintáticas (ou de construção)
- Elipse
- Zeugma
- Silepse
- Hipérbato ou Inversão
- Polissíndeto
- Assíndeto
- Anacoluto
Figuras de pensamento
- Antítese
- Paradoxo
- Gradação ou Clímax
- Personificação ou Prosopopeia
- Ironia
- Apóstrofe
- Alusão
- Quiasmo
Figuras sonoras
- Cacofonia
- Onomatopeia
- Aliteração
- Assonância
- Paronomásia
Desenvolvimento - vamos ao exercício
" O quereres", canção de Caetano Veloso, pode ser um gênero discursivo bem interessante para que possamos falar de modernidade e poesia. Aponte no texto exemplos dessa figura de linguagem.
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alta, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim
A figura de linguagem mais utilizada na canção é a antítese
Conclusão - considerações finais
Saiba mais sobre figuras de linguagem:
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Sucesso nos estudos!!!