História, perguntado por rafagom2020maciel, 2 meses atrás

O historiador Edward H. Carr afirmou: “O mundo do historiador [...] não é uma cópia fotográfica do mundo real, mas antes um modelo funcional que lhe possibilita, mais ou menos eficazmente, compreendê-lo e dominá-lo”. Que relação pode ser estabelecida entre essa afirmação de Carr e o fato de um mesmo acontecimento histórico, como a revolução de 1930, ter várias interpretações entre os estudiosos?
Uma notícia falsa publicada pelo Correio da Manhã, e 1921, ajudou a agravar a crise política no Brasil. Nos dias de hoje, a maior parte dos veículos de comunicação afirma fazer uma cobertura jornalística independente, apartidária e imparcial. Esses argumentos são suficientes para você acreditar na veracidade das informações divulgadas pelos meios de comunicação? Sabendo-se que muitos políticos são donos de jornais, é possível fazer um jornalismo apartidário? Ao ler uma notícia ou ver uma reportagem na TV, você procura descobrir como outros veículos divulgaram o mesmo fato? Você já encontrou veículos distintos fazendo abordagem diferentes de um mesmo assunto? Por que razão isso acontece? Argumente.

Soluções para a tarefa

Respondido por AC1969
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1) Ao considerar que o mundo do historiador é um modelo do mundo, não uma fotografia dele, Edward Carr apontava que muitas vezes o objeto de análise empregado pelo historiador é uma construção simplificada, o equivalente teórico de uma maquete.

  • Assim como duas maquetes podem mostrar visões diferentes do mesmo prédio, dois modelos teóricos podem analisar o mesmo evento histórico de maneiras diferentes.
  • Este é o caso, citado no exercício, da variação de enfoques sobre a Revolução de 1930.
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2) Assim como os historiadores professam neutralidade em relação à análise histórica, os veículos de comunicação professam neutralidade em relação à cobertura. Em ambos os casos isso nem sempre é atingido.

  • Embora seja importante fazer uma leitura crítica tanto dos jornais quanto dos próprios livros de história, pode-se argumentar que cada um cumpre um papel necessário.

     

3) A leitura crítica sempre é necessária. Mas se pode argumentar que o jornalismo não é mais apartidário do que outras instituições, incluindo as escolares. O apartidarismo pode não ser possível nem desejável.

  • Nos debates sobre jornalismo, é comum abordar o jornalismo francês, que é tradicionalmente alinhado a convicções políticas.
  • Isso não impede a imprensa francesa de atuar de forma crítica e útil para o leitor.

 

4) Comparar coberturas jornalísticas em diferentes órgãos de imprensa é um exercício essencial.

 

5) Sim, é muito comum que aconteçam abordagens distintas para o mesmo acontecimento em veículos diferentes. Isso acontece também no jornalismo do exterior.

  • A razão para isso é a mesma do início do exercício e que motiva as interpretações divergentes sobre a Revolução de 30.
  • Em acontecimentos complexos, há interpretações subjetivas e se trabalha com modelos e simplificações.
  • Às vezes duas pessoas podem resumir de formas diferentes o mesmo filme. Isso acontece na cobertura jornalística em geral.

   

O jornalismo e a crônica histórica

A questão trata do paralelismo entre a atividade do historiador e a do jornalista.

  • Em ambos os casos, há fatos e interpretações.
  • Ambas as atividades envolvem subjetividade e construções textuais.

 

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