ensino religioso
A tartaruga
Quando menino eu era impaciente, arreliado e áspero no tratamento com as
outras pessoas. Quando desejava alguma coisa, ao invés de solicitar com
educação, azucrinava os ouvidos alheios até que, para se livrarem de mim,
davam-me o que pretendia. Assim, transformara-me em uma criança pouco
simpática.
Eu percebia que aquilo aborrecia muito os meus pais, porém pouco me
importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava me por satisfeito.
Mas, está claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passaram a
tratar-me de igual maneira.
Cresci um pouco e de certa feita me apercebi de que a situação era
desconfortável e me preocupei sem, entretanto, saber como me modificar.
O aprendizado me foi dado em um domingo em que fui, com meus pais e meus
irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para
descansar um pouco, dirigi-me para a margem do riacho que coleava entre um
pequeno bosque e os campos. Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra
capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e quando me
aproximei mais o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca.
Foi o que bastou. Imediatamente pretendi que ela devia sair e, tomando um
pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os
meus esforços era em vão e eu estava ficando, como sempre, impaciente e
irritado. Foi quando meu pai se aproximou de mim.
Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de
cócoras junto a mim, disse calmamente:
— Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo
que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo
e traga o bichinho.
Acompanhei-o e ele se deteve perto na fogueira que havia acendido com
gravetos do bosque. E me disse:
— Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e
agradável.
Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga
pôs a cabeça de fora e caminhou tranquilamente em direção a mim. Fiquei muito
satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:
— Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas
procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes,
levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e
até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade.
DA OBRA: "E, PARA O RESTO DA VIDA..."
DE: WALLACE LEAL V. RODRIGUES
Atividades
1. É difícil obedecer aos pais? Por quê?
2. Na prática, quando é que os filhos desrespeitam os seus pais?
3. Fale sobre o dom da paciência. Se quiser pode relatar um caso real.
Soluções para a tarefa
Respondido por
52
Resposta:
1) Sim, pelas regras que são colocadas por eles, e muita das vezes não obedecemos para provoca los.
2) Quando querem algo e fazem birras para conseguir, pois sabem que vão ceder
3) É uma habilidade que vem com o tempo e a prática, com a tolerância, e é responsável por evitar conflitos desnecessários e, em muitos casos, extremamente perigosos para todos os envolvidos. A paciência traz calma e serenidade quando praticada nos momentos difíceis, pois quem a tem vive de maneira mais confiante sabendo que tudo dará certo, no momento certo que acontecer
Respondido por
5
Resposta:
Explicação:
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