A obra abaixo, intitulada O leitor de breviário, à tarde, foi produzida, em torno de 1845-1850, pelo pintor alemão CarlSpitzweg.A obra A aventura do livro: do leitor ao navegador, que consiste em entrevistas feitas com o historiador RogerChartier, traz, na sua introdução, o seguinte comentário:Toda história da leitura supõe, em seu princípio, a liberdade do leitor, que desloca e subverte aquilo queo livro lhe pretende impor. Mas esta liberdade leitora não é jamais absoluta. Ela é cercada por limitaçõesderivadas das capacidades, convenções e hábitos que caracterizam, em suas diferenças, as práticasde leitura. Os gestos mudam segundo os tempos e lugares, os objetos lidos e as razões de ler. Novasatitudes são inventadas, outras se extinguem.As considerações desse fragmento textual fornecem elementos para o historiador refletir sobre a história das formas deapreensão do mundo, as sensibilidades e a formação da identidade dos grupos sociais e sua relação com as práticasde leitura. A partir dessas considerações, conclui-se que o quadro de Carl Spitzweg representaA a busca de um isolamento absoluto em relação ao mundo urbano, escapando das influências dissolventes dosideais burgueses sobre os valores tradicionais.B a ânsia de uma religiosidade que reduzia o ser humano a uma figura menor diante da natureza e minimizava opapel da leitura na formação do indivíduo.C a busca da evasão em relação a um mundo dominado pelo capitalismo que começava a modificar as relações deprodução no meio rural.D o desejo de conceder à leitura proporções revolucionárias em uma sociedade em que o indivíduo não se haviaemancipado do império da natureza.E a ênfase em uma leitura vinculada à postura individualista, ao gosto pela natureza harmoniosa e ao exercício daespiritualidade.
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Letra e.
Nota-se que as obras passaram a apresentar um caráter diferenciado porque se apoiaram, a partir de então, no conhecimento de mundo que determinado leitor apresenta, fazendo com que a sua interpretação das obras seja cada vez mais individual.
A ênfase na leitura apresenta, portanto, uma proposta mais individualista, que visa evidenciar o gosto pela natureza, bem como a busca pelo exercício mais presente da espiritualidade do indivíduo.
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