2. (UnB-DF) O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são esses instantes do presente que vamos vivendo, em que o passado se termina e o futuro começa. Desde este ponto, toma seu princípio a nossa História, a qual nos irá descobrindo as novas regiões e os novos habitadores desse segundo hemisfério do tempo, que são os antípodas do passado. Oh! que cousas grandes e raras haverá que ver nesse novo descobrimento! Considerando o fragmento de texto acima, de Anto- nio Vieira, julgue os itens a seguir como corretos (C) ou errados (E). a) Do ponto de vista geográfico, os hemisférios Ocidental e Oriental são considerados uma referência temporal, e não, espacial, uma vez que dizem respeito ao estabelecimento dos fusos horários ao redor do globo. b) A descoberta da América, com a posterior colonização das novas terras por portugueses e espanhóis. integrou um contexto de transformação histórica que aprofundou a crise do feudalismo e descortinou, para a Europa, novos horizontes de exploração. c) A História realiza-se em determinado espaço e é contingenciada pela passagem do tempo, razão pela qual o estudo do passado assegura o domínio do conhecimento acerca da direção a ser trilhada pelas sociedades, ou seja. ela permite a previsibilidade do futuro. d) Conforme a analogia entre tempo e espaço apresentada no texto, o tempo presente pode ser adequadamente denominado como uma espécie de linha do Equador do tempo. e) No texto, padre Vieira intenta uma analogia entre a descoberta do tempo futuro pela 'História' e a do Novo Mundo pelos europeus.
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Vamos analisar cada alternativa por vez:
a) Errada. Os hemisférios não dizem respeito aos fusos horários e são uma referência espacial.
b) Errada. A descoberta do chamado Novo Mundo possibilitou a saída da crise do feudalismo e a entrada no que se tornaria uma sociedade capitalista.
c) Errada. O futuro é, em essência, imprevisível, uma vez que não está totalmente sobre controle humano.
d) Correta. Trata-se de uma maneira direta de explicar a analogia feita por Vieira.
e) Correta. É o insinuado pela segunda metade do texto.
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