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Resposta:
MAIS UMA PEDRA NO NOSSO CAMINHO!
Ele, o rapaz de vermelho, também se chama Carlos e, de repente, viu-se "frente a frente" com o seu homônimo famoso, e aproveitou para desabafar, como se estivesse conversando, não com a estátua do poeta, mas sim, com o próprio, em carne, osso e vida:
_ Pois é, xará, eu também tenho cá algumas pedras no meu caminho e, para ser bem franco, não estou sabendo muito bem como desvencilhar-me delas. Eu estou em um dilema muito parecido com aquele meu antigo amigo, dos meus tempos de universitário, que dizia assim, com relação ao grande Manuel Bandeira: "HÁ MUITO PENSEI EM CONSTRUIR A MINHA PRÓPRIA PASÁRGADA, MAS SINTO NÃO SER TÃO BOM ARQUITETO QUANTO O FOI BANDEIRA".
Sim, estou encontrando muitas pedras no meu caminho, mas sinto não ser tão bom para livrar-me delas quanto você o foi."
E ele prosseguia em suas lamúrias, agora já quase em prantos e com uma vontade grande de abraçar-se à estátua do poeta:
_ "Você teria alguns aconselhamentos a me dar? Bem sei que cada um tem que reconhecer os seus obstáculos e procurar, com suas próprias forças, ultrapassá-los, mas estou muito perdido e vim aqui para contemplar o mar e tentar uma inspiração.
Percebo que este não é o seu objetivo, não é mesmo? Você está de costas para essa praia, que é a mais famosa do mundo. Claro que você bem sabe que esta praia é conhecida mundialmente como "A Princesinha do Mar", não preciso falar-lhe sobre isso, pois, o seu amigo e contemporâneo, Vinícius de Morais, já a havia apresentado ao mundo antes mesmo de o grande Jobim cantá-la em verso e prosa."
E ele se despediu de Drumond dizendo:
_ "Bem amigo, preciso ir. Fique bem e tome muto cuidado, viu? Seus óculos já foram roubados certa vez e não me admiraria se um dia sua estátua, por inteiro, vier a ter este bronze derretido nos fundos de um ferro velho qualquer. Se vier a acontecer, caberá a pergunta:
_ E agora, José?"
Explicação:
Minha humilde homenagem a este poeta brasileiro, mineiro, agnóstico e vascaíno convicto - CARLOS DRUMOND DE ANDRADE.