(Unesp 2013) Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a "revolução". O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht. (Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.) 1. Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se por: *
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Olá,
Alternativa correta: C) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata.
A arte pode ser revolucionária através do rompimento com os padrões da sociedade vigente. Ou seja, o ato de rebeldia transcende aquilo que é comum e rotineiro para uma determinada época. O artista deseja promover a independência através de um choque de realidade promovido por suas obras.
Além disso, a arte é revolucionária a medida que rompe com tudo aquilo que é apreciado pela conjuntura política que domina uma sociedade ou região. O artista pode fazer obras que sejam críticas a essa conjuntura de forma muito sutil, ou mesmo surrealista. Não há limites, o importante é que ele mostre sua independência e rebeldia.
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