Português, perguntado por wendyste, 10 meses atrás

Tudo sobre o arcadismo em Portugal​

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Respondido por alejandragabrip93wtl
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Resposta:

1707-1750

Explicação:

O clima de renovação atingiu fortemente também Portugal que, no começo do século XVIII, passava pelo período final de sua reestruturação econômica, política e cultural.

Durante o reinado de João V de Portugal (1707-1750) percebe-se, no país, uma certa abertura intelectual e política, como por exemplo a licença concedida à Congregação do Oratório para ministrar ensino, até então privilégio da Companhia de Jesus.

Em 1746, Luís António Verney, inspirado nas ideias dos racionalistas franceses, publica as cartas que compõem o seu "Verdadeiro Método de Estudar", obra em que critica o ensino tradicional e propõe reformas que visam a colocar a cultura portuguesa a par com a do resto da Europa.

Caberá, entretanto, ao marquês de Pombal, ministro de José I de Portugal (1750-1777), concretizar essas aspirações. Agindo com plena autonomia de poderes, o despotismo esclarecido de Pombal operou verdadeira transformação nos rumos da cultura portuguesa:

expulsou os jesuítas em 1759, o que enfraqueceu bastante a influência religiosa no campo cultural;

incentivou os estudos científicos;

reformou o ensino e,

apesar de manter um sistema de censura, afrouxou muito a repressão que era exercida pelo Santo Ofício (a Inquisição).

Em Portugal, o arcadismo iniciou-se oficialmente em 1756, com a fundação da “Arcádia Lusitana”, entidade em que se reuniam intelectuais e artistas para discutirem Arte.

A “Arcádia Lusitana” tinha por lema a frase latina "Inutilia truncat" ("acabe-se com as inutilidades"), escrito por António Dinis da Cruz e Silva no capítulo II do Estatuto da Arcádia [1] que vai caracterizar todo o movimento no país. Visavam com isto erradicar os exageros, o rebuscamento, e a extravagância preconizados pelo Barroco, retornando a uma literatura simples. No capítulo III é definido a divisa do lírio, alusivo a Virgem Nossa Senhora, tomada como protetora da instituição com o título de Conceição. Nesse primeiro momento, não havia o preceito contra a religião, o que mudaria na última década do século XVIII com a Nova Arcádia (1790-1794), com a participação de Bocage e Nicolau Tolentino, dentre outros [1].

Autores

Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805)

António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799)

Correia Garção

Marquesa de Alorna

Francisco José Freire, ou Cândido Lusitano

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