Português, perguntado por leticiasluzo, 1 ano atrás

Texto: Você anda espalhando mentiras por aí?"

A expressão “fake news” (notícia falsa) está na moda. Só se fala disso. Programas de televisão aconselham os telespectadores a não embarcar nas fraudes que atulham as redes sociais. Nas escolas, os professores se dizem preocupadíssimos com o assunto e querem organizar seminários, palestras, workshops e por aí vai. Nas campanhas eleitorais da Europa, o clima é de alerta total contra as ameaças das “fake news”. Nos Estados Unidos, no ano passado, elas ajudaram na vitória de Donald Trump. Notícias escalafobéticas como “O papa Francisco apoia Donald Trump” bombaram na rede. Na mesma época, pesquisas confiáveis mostraram que as informações fajutas se espalhavam com mais rapidez que os relatos verazes. A mentira, veja que coisa, dá mais “ibope” que a verdade.
Em seguida, vieram os requintes de cinismo. Uma vez eleito, Donald Trump começou a tripudiar. Numa jogada pérfida, deu de acusar jornalistas, especialmente os do “New York Times”, de produzirem “fake news” contra ele. Haja falsidade. Todos sabemos que o que acontece é justamente o oposto: se existe uma reserva de verificação da verdade factual hoje, nos Estados Unidos, essa reserva se encontra nas redações profissionais que prezam a credibilidade. Que Trump agora queira posar de vítima das “fake news” chega a ser um escárnio, pois a vacina contra as invencionices não está na Casa Branca, mas na imprensa.

É com a imprensa que a sociedade pode contar para diferenciar o que é fato e o que é mentira. São jornalistas que checam os fatos e conseguem separar a mistificação demagógica dos dados objetivos. Você já sabe disso. Se observar bem, se recapitular com cuidado as mensagens que recebe pelas redes sociais, especialmente no celular, vai se lembrar das incontáveis engambelações que vão e vêm. Quantas vezes você não se deixou iludir por elas? Se puxar pela memória, vai se lembrar, também, de que, na hora de tirar a prova dos nove, de pôr os pingos nos “is”, foram os jornalistas profissionais que entraram em ação.

Mesmo assim, mesmo com o trabalho da imprensa, as “fake news” prosperam e se agigantam. Por que será? Nesse ponto, surgem perguntas não muito agradáveis – vamos enfrentá-las. Se os jornalistas profissionais, dentro de redações independentes e sérias, trabalham para desmontar as “fake news”, quem é que vem trabalhando a favor delas? Serão apenas os políticos populistas, como Trump? Serão apenas as equipes clandestinas que forjam notícias inverídicas (ou até caluniosas) e depois ainda ganham dinheiro com as altas audiências que conseguem? Serão só eles os responsáveis? Será que as pessoas comuns, gente como eu e você, não exercem um papel decisivo na hora de espalhar a mentira?

Pense bem. Pense com calma. A mesma sociedade que é prejudicada pelas boatarias virtuais atua como agenciadora das boatarias. O mecanismo é perverso. Mais ou menos como o mosquito Aedes aegypti, que dissemina o vírus da zika sem ter a menor ideia do que faz, os cidadãos e as cidadãs atuam como distribuidores das “fake news” sem ter consciência do estrago que produzem. Em suma, nós também somos os agentes, os vetores.

Se ninguém retransmitisse mensagens suspeitas que recebe, as “fake news” não teriam virado a enfermidade grave que viraram. Isso mesmo. Quem redistribui as calúnias e as infâmias que circulam por aí são pessoas comuns e desavisadas, que trabalham de graça para que alguém, na surdina, ou ganhe dinheiro ou ganhe poder (como Trump). Os replicadores anônimos de “fake news” não ganham coisa alguma, são apenas escravos alegres e espevitados, movidos por preconceitos pulsionais (do tipo “eu sabia que esse fulano era um canalha”) e por uma carência afetiva doentia (“os meus amigos vão me aplaudir por essa aqui e vão gostar ainda mais de mim”).

Fique de olho. Antes de tudo, fique de olho no seu próprio comportamento nas redes sociais. Não basta checar as origens das mensagens, embora isso ajude. Não basta conferir se elas foram produzidas por órgãos de imprensa conhecidos e responsáveis. Mais do que isso, é preciso verificar os impulsos que levam cada um de nós a propagar histórias que não sabemos de onde vêm.

Vai aí uma dica. Não redistribua nada de forma indiscriminada. Nada. Não trabalhe de graça para os falsificadores apócrifos. Não confie neles. Principalmente, não confie nos seus próprios sentimentos de ódio, de intolerância, de inveja (normalmente disfarçados de indignação cívica e ira metida a santa). Não retransmita o vírus que destrói reputações. Se você quer combater as “fake news”, combata o Aedes aegypti das redes sociais.

QUESTÕES:
1) A QUE GÊNERO TEXTUAL ELE PERTENCE?

2) QUAL O POSICIONAMENTO DO AUTOR EM RELAÇÃO AO TEMA?

3) QUE TIPOS DE ARGUMENTOS O AUTOR USOU PARA DEFENDER SEU PONTO DE VISTA?

4) QUAL A PREDOMINÂNCIA DO TEMPO VERBAL EMPREGADA NO TEXTO?

5) QUAL O PARÁGRAFO DE INTERVENÇÃO?


ME AJUDEMMMM!!!!

Soluções para a tarefa

Respondido por paulof69
4
1. Reportagem
2. Contra a proliferação desse tipo de notícia e alerta.
3. Afirma que a fake news é uma desinformação, pode mudar rumos políticos (eleições americanas).
4. Presente do indicativo
5. O último


leticiasluzo: Valeeeu <3
paulof69: de nada
Respondido por Liziamarcia
4
QUESTÕES:
1) A QUE GÊNERO TEXTUAL ELE PERTENCE?

2) QUAL O POSICIONAMENTO DO AUTOR EM RELAÇÃO AO TEMA?
Gênero textual REPORTAGEM

3) QUE TIPOS DE ARGUMENTOS O AUTOR USOU PARA DEFENDER SEU PONTO DE VISTA?
- pergunta se você anda espalhando boatos por aí
-aconselha anao cairmos em FAKE
NEWS
- pede para verificarmos a procedência da verdade factual
- aconselha a contarmos com a imprensa
- desmontar as mentiras
-não acreditar em boatos e combatê-los .

4) QUAL A PREDOMINÂNCIA DO TEMPO VERBAL EMPREGADA NO TEXTO?
Predominância do tempo presente

5) QUAL O PARÁGRAFO DE INTERVENÇÃO?
No último parágrafo temos a proposta da INTERVENÇÃO , pois ele retoma ao tema , insistindo que as pessoas não reconhecem ainda os limites da verdade , das mentiras e da FAKE NEWS .

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