TEREZA
A Teresa voltou da praia, e estive a pique de lhe dizer que queria acabar o namoro. Mas ela
estava tão contente, contando as novidades, que terminei ficando com dó e adiei a decisão. Sem
contar que o sol lhe tinha feito muito bem. Os olhos de Teresa pareciam mais bonitos com a pele
bronzeada.
A Teresa não parava de falar, e eu só escutando, com vontade de estar longe dali. Mas
chegou uma hora em que ela percebeu que eu estava triste e perguntou por quê.
--- Estou triste por sua causa.
--- Por minha causa? Por quê?
Hesitei um pouco. Dizia ou não dizia que não gostava mais dela?
--- Estava com saudades.
Na hora em que disse aquilo, me senti o pior sujeito do mundo. Mas o que podia fazer, se já
tinha falado?
--- Mas eu estou aqui, Sérgio.
--- Pois é, você voltou.
--- O que você está querendo dizer com isso?
--- Nada, Tereza, nada...
--- Serginhooô...
O difícil era que a Teresa não entendia nada do que lhe dizia. Ainda por cima, vinha com
aquele jeito enjoado de dizer “Serginhooô”, que me deixava com mais raiva. Mas ela logo esqueceu
do que estávamos falando e começou a contar do biquíni que havia comprado, das praias de
Santos, do novo carro do pai etc. E eu com a cabeça em outro lugar, só pensando na Cybelle e nas
coisas que ela tinha me dito. “Você tem razão, garota, eu não presto mesmo. Não mereço você”,
falei baixinho.
--- O que foi que você disse? --- Teresa perguntou.
--- Nada não...
Fiquei torcendo para que ela dissesse que eu não estava prestando atenção na conversa.
SEMANA 9
7
Seria mais um motivo para uma briga. E dessa vez eu terminaria com aquele namoro que já me
chateava. Mas a Tereza não disse nada e continuou a falar de Santos, dos passeios na praia. E eu
ali a seu lado com a cabeça nas nuvens, que tomavam a forma da Cybelle, do corpo da Cybelle,
do sorriso da Cybelle. “Tão bela...”
--- Serginho, você ficou maluco?
--- Maluco por quê?
--- Você não para de falar sozinho.
Olhei bem para a Teresa, para aqueles olhos verdes, e dei-lhe um beijo.
--- Tem razão, Tereza, estou completamente maluco.
Amor & cuba-libre. São Paulo, FTD, 1980.
1 – Escreva nos parênteses DD para discurso direto e DI para discurso indireto.
( ) “...estive a pique de lhe dizer que queria acabar nosso namoro”.
( ) “Mas chegou uma hora em que ela percebeu que eu estava triste e perguntou por quê”.
( ) “--- O que foi que você disse?”
( ) “--- Estou triste por sua causa”.
( ) “Dizia ou não dizia que não gostava mais dela”?
2 – Retire do texto mais três exemplos de discurso direto.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
.......KkmmmOB O cara é atleta
deboragabrielle739:
não ajudou nada viu
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