Soneto do maior amor Maior amor nem mais estranho existe Que o meu, que não sossega a coisa amada E quando a sente alegre, fica triste E se a vê descontente, dá risada. E que só fica em paz se lhe resiste O amado coração, e que se agrada Mais da eterna aventura em que persiste Que de uma vida mal-aventurada. Louco amor meu que quando toca, fere E quando fere, vibra, mas prefere Ferir a fenecer* – e vive a esmo Fiel à sua lei de cada instante Desassombrado, doido, delirante Numa paixão de tudo e de si mesmo. Vinicius de Moraes. Livro de sonetos. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1980.(*) fenecer: acabar, terminar. Pela leitura do poema, é possível inferir que há uma ironia, ao relacionar o título com o conteúdo dos versos. Tal recurso ocorre pois: *
1 ponto
A o sujeito poético reconhece que há outros amores maiores que o dele pela sua amada.
B a amada parece não responder aos sentimentos amorosos do sujeito poético, deixando-o solitário com suas emoções.
C a estranheza do sentimento do sujeito poético é recíproco, ou seja, a amada apresenta o mesmo tipo de sentimento.
D o sujeito poético, na verdade, ama a todos e a si mesmo, como mostra o último verso.
E a forma como se dá os sentimentos do sujeito poético é inusitada, foge do senso comum, sendo o oposto do que ocorre em poemas amorosos.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
d
Explicação:
por sao poucas palavrad p expressar
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