segundo o texto defina feudalismo
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Resposta:
Sistema econômico, político e social que se fundamenta esp. sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo em troca de serviços mútuos e que caracteriza a sociedade feudal.
Resposta:
O feudalismo seria o resultado da fusão de elementos de organização social derivados tanto dos séculos finais do Império Romano do Ocidente quanto das populações bárbaras.
Por exemplo, havia a clientela, a relação de dependência social entre os indivíduos em Roma, base da relação entre senhor e servo; e o colonato, que em Roma significava a fixação do homem na terra, dificultando a mobilidade da população servil durante sua passagem para o feudalismo.
Outro elemento romano que serviu para a constituição do feudalismo foi o precarium, a entrega de terras a um senhor em troca de proteção. Colonato e precarium formaram as bases da instituição da servidão durante o feudalismo.
Um elemento da organização social bárbara que se manteve durante o feudalismo foi o comitatus, que consistia na relação de lealdade entre os guerreiros e os chefes tribais, servindo de base para o estabelecimento das relações de suserania e vassalagem entre os membros da nobreza. Havia também a influência das leis consuetudinárias, baseadas no costume e que serviram para conformar os direitos das pessoas durante o período.
A nobreza era a classe mais alta do feudalismo, pois era quem controlava as grandes propriedades agrícolas. Era da nobreza que provinha os senhores feudais e os principais membros do clero. Entre os nobres, havia diferenciação social entre suseranos e vassalos, sendo os primeiros os que detinham mais poder em relação aos segundos. O poder se exercia durante o feudalismo através do controle de um maior número de terras e servos. Assim, um suserano entregava a um vassalo certa quantidade de terras e servos em troca de sua lealdade, principalmente durante as guerras, que eram constantes.
Os servos eram os camponeses que constituíam a maior parte da população no feudalismo. Viviam presos a terra e eram obrigados a prestar pesados serviços e a pagar uma grande quantidade de tributos aos senhores feudais, sendo essa forma de exploração do trabalho a base da riqueza feudal.
Havia ainda, em menor número, escravos e também os vilões, antigos proprietários livres que estavam ligados a um senhor, mas que também eram obrigados a prestar serviços e a pagar tributos.
Apesar de haver um estatuto social distinto do clero, eles não se distinguiam muito dos senhores feudais, a não ser pelo controle religioso do catolicismo cristão que essa camada da nobreza detinha. As igrejas e abadias eram detentoras de um grande número de terras e servos, realizando uma forma de exploração do trabalho camponês que em nada se diferenciava dos demais senhores feudais. O cristianismo, como principal sistema ideológico do período, era também uma das principais características do feudalismo. Foi o cristianismo católico controlado pela Igreja que moldou os comportamentos, a cultura e os ideais do homem medieval. Por isso, a Igreja transformou-se na principal instituição do feudalismo.
O feudalismo foi tratado pelos homens do Renascimento Cultural como um período de obscurantismo da história europeia, por ter sido a cultura greco-romana suplantada pela cultura religiosa cristã. Foi por isso que o feudalismo também ficou conhecido como Idade Média, um período intermediário entre a Antiguidade Clássica e a Idade Moderna, sendo esta última a idade dos homens do renascimento, que buscaram resgatar a cultura greco-romana.
Apesar de os homens da Idade Moderna caracterizarem o feudalismo como um período de trevas, houve avanços tecnológicos, como a adoção do estribo que deu novo dinamismo às cavalgadas, a agricultura dos três campos (rotação de culturas), a utilização do arado de ferro (charrua) e sua adaptação para a utilização de cavalos em substituição aos bois. Os moinhos foram aperfeiçoados, bem como o artesanato, tanto na área têxtil quanto na militar, principalmente em decorrência das inúmeras guerras pela disputa do poder.