resumo de modernização agrícola
Soluções para a tarefa
O processo de modernização da agricultura, implementado a partir de meados da década de 1960, desencadou diversas transformações no campo, alterando profundamente as formas de produção agrícola nas diferentes regiões brasileiras. No oeste catarinense, as agroindústrias se aproveitaram do potencial representado pela força de trabalho proveniente da mão de obra familiar e implantaram um modelo designado como “Sistema de Integração”, que consiste num contrato normativo de parceria entre o produtor familiar e a agroindústria. Tal sistema obriga os agricultures familiares a se adequarem às exigências de padrões de produção ditados pelas agroindústrias, excluindo do processo produtivo aqueles que não se adaptam às novas regras, ficando esses relegados à mudança de atividade ou à migração para áreas urbanas. Diante desse cenário, faz-se importante analisar o papel das políticas públicas de desenvolvimento rural para criar condições ao produtor familiar de assegurar a comercialização de sua produção e, consequentemente, garantir sua permanência no campo. Este trabalho pretente balizar o estado da arte das reflexões teóricas acerca da relação entre a agroindústria e o papel do Estado nas políticas públicas de desenvolvimento rural. Para isso, analisaremos o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) implantado em 2009 no município de Pinhalzinho, localizado no oeste do estado de Santa Catarina.
Mecanização das atividades agrícolas
As atividades agrícolas estão em constante processo de inovação para obter maior produtividade. Nesse contexto, durante a década de 1950, ocorreu de forma mais intensa o processo de modernização da agricultura que envolveu um grande aparato tecnológico provido de variedades de plantas modificadas geneticamente em laboratório, espécies agrícolas que foram desenvolvidas para alcançar alta produtividade, uma série de procedimentos técnicos com uso de defensivos agrícolas e de maquinários.
Todo esse processo ficou conhecido na década de 1960 como Revolução Verde, programa financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Sob o pretexto de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas.
Esse programa surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade. Isso se daria através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos específicos de solos e climas, adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.
Agrotóxicos
O aumento da produtividade agrícola foi expressivo, porém, a Revolução Verde não eliminou o problema da fome, pois os produtos plantados nos países em desenvolvimento (Brasil, México, Índia, entre outros), basicamente cereais, eram exportados em grande parte para países ricos industrializados como os Estados Unidos, Canadá e União Europeia.
Ao trabalhar a modernização das atividades agrícolas em sala de aula é importante abordar o contexto histórico desse processo e apontar os aspectos positivos e negativos.
Solicite aos alunos uma pesquisa sobre as principais características e consequências da modernização no campo, em seguida promova um debate.
Principais pontos positivos:
Grande aumento da produtividade de alimentos;
Aumento da produtividade agrícola em países não industrializados;
Desenvolvimento agrícola;
Expansão da fronteira agrícola;
Desenvolvimento tecnológico.
Principais pontos negativos:
O aumento das despesas com o cultivo e o endividamento dos agricultores;
O crescimento da dependência entre os países;
Esgotamento do solo;
Ciclo vicioso de fertilizantes;
Perda de biodiversidade;
Erosão do solo;
Poluição do solo causada pelo uso de fertilizantes;
Redução da mão de obra rural.