Resenha: Homem-Aranha
Filme ganha adaptação acertada Sérgio Rizzo
Você pode não saber onde estará nos próximos anos, mas os principais estúdios americanos já sabem o que vão lhe oferecer: Continuações de “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “Matrix”, “X-Men” e, agora, ao menos mais duas sequências de “Homem-Aranha”. Tobey Maguire já havia assinado contrato para fazê-las, o que o tornará exclusivo do personagem por algum tempo, mas sempre havia a possibilidade – remota, é verdade – de fracasso do primeiro episódio. O estrondoso sucesso de bilheteria nos EUA, que deve se repetir no Brasil, pavimenta o caminho para outra série bem-sucedida – embora o adjetivo, aqui, não se restrinja apenas a números e cifrões.
Para alegria dos fãs que o personagem em quadrinhos cultiva desde 1962, o diretor Sam Raimi (“Darkman – Vingança sem Rosto” e “Um Plano Simples”) acertou em cheio no conceito da adaptação. Eis, afinal, um super-herói diferente da média. Peter Parker é um adolescente franzino e órfão, que mora com os tios no Queens (bairro sem glamour de Nova York), usa óculos, é apaixonado pela vizinha e jogado para escanteio pelos colegas de escola. Até que um contato imediato com uma aranha radioativa muda-lhe a vida – e ele não sabe muito bem o que fazer com isso. Nasce um mutante com sérios problemas de consciência, no meio do rito de passagem da juventude para a maturidade.
Os autores o conceberam como um herói “comum” com o qual o leitor de HQs pudesse se identificar, e foi assim que Raimi optou por leva-lo ao cinema. Manteve-se a fidelidade à trama de origens, com modificações inofensivas providenciadas pelo roteirista David Koepp (“O jornal”, “Missão Impossível”). O tom de aventura adolescente, com pitadas de romance, sustenta-se na escolha apropriada de Tobey Maguine (“Tempestade de Gelo” e “Garotos Incríveis”) para o papel principal e de Kirsten Dunst (a menina de “Entrevista com o Vampiro”) para o de sua amada, Mary Jane. Pode-se reclamar da obviedade de escalar o manjado Willem Dafoe como o vilão, o Duende Verde, mas aí também já seria exigir demais de um filme de ação que, com tudo para se enrolar nas dificuldades que a adaptação oferecia, saiu incólume até mesmo na avaliação de seus mais rigorosos críticos, os fãs do Aranha.
Qual é a única crítica que o resenhista faz ao filme?
a) A obviedade da escolha do ator que faz o papel de vilão.
b) O estrondoso sucesso de bilheteria nos EUA.
c) Os autores o conceberam como um herói “comum.
d) Manteve-se a fidelidade à trama de origens, com modificações inofensivas
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Resposta: (a)
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