Questão 11
A
Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol... Aves em bandos destacados,
Por céus de ouro e púrpura raiados,
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia...
Delineiam-se além da serrania
Os vértices de chamas aureolados,
E em tudo, em torno, esbatem derramados
Uns tons suaves de melancolia.
Um mundo de vapores no ar flutua...
Como uma informe nódoa avulta e cresce
A sombra à proporção que a luz recua.
A natureza apática esmaece...
Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
CORRÊA, R. Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 13 ago. 2017.
Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) a essa estética
A) as metáforas inspiradas na visão da natureza.
B) a ausência de emotividade pelo eu lírico.
C) a retórica ornamental desvinculada da realidade.
D) o uso da descrição como meio de expressividade.
E) o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica
no
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Resposta:
D) o uso da descrição como meio de expressividade.
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No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) à estética parnasiana:
D) o uso da descrição como meio de expressividade.
Explicação:
No poema, o eu lírico faz uma descrição do entardecer, do fim do dia, como sugerem os versos iniciais "Esbraseia o Ocidente na agonia / O sol... Aves em bandos destacados".
No entanto, não há ausência de emotividade como havia nos poemas parnasianos, visto que o eu lírico expressa o sentimento de melancolia diante desse acontecimento, como se, com a "morte" do dia, alguma coisa também morresse dentro dele.
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