ENEM, perguntado por susutnm2013ovkvu2, 1 ano atrás

Quero uma redação sobre indignação seletiva. Alguém me ajuda? Urgente

Soluções para a tarefa

Respondido por pcbstista28
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A primeira presidenta mulher do Brasil está sendo mantida em cativeiro institucional por seu vice, recém declarado inelegível. Foi afastada de seu cargo, democrática e legitimamente conquistado, acusada de irresponsabilidade na condução das contas públicas por decisão de deputados que, ao contrário dela, são réus da maior operação anticorrupção da história do país.

Não muito longe, uma das primeiras mulheres que chegou a juíza, Kenarik Boujikian, está sofrendo perseguição por denúncia de um de seus colegas de tribunal, acusada de agir ilegalmente ao liberar presos que já haviam cumprido suas penas, mas se mantinham encarcerados por uma questão de morosidade do judiciário. A juíza é reconhecida liderança em Direitos Humanos.

Quase ao lado, uma garota da periferia precisa deixar esse país. Está ameaçada de morte porque denunciou o estupro coletivo brutal que sofreu, que foi filmado e caiu na internet. Grande parte da população deste país, inclusive o primeiro delegado designado ao caso, já afastado, acham que não existem provas suficientes desse estupro, ou que ela o mereceu, por dançar funk.

Uma boa notícia: um filme de super-herói com protagonista feminina está sendo lançado. Vem de uma longa saga que retrata os desafios de uma raça de mutantes no mundo humano e, pela primeira vez, a mutante em destaque é uma mulher. Só que o cartaz promocional principal do filme é um pouco diferente dos anteriores, que colocava rivais frente a frente, encarando-se em posição de igualdade. Decidiram mostrar essa personagem sendo enforcada por um mutante masculino gigante e forte.

Uma pastora de uma das igrejas mais expressivas no Brasil, ligada a políticos evangélicos que formam uma importante tendência no Congresso, apelidada de “bancada da Bíblia”, faz uma pregação direcionada às fiéis mulheres, que viraliza no Youtube. No vídeo, a pastora recomenda às fiéis fazerem jejum – não para elevarem seu pensamento além da necessidade física, mas para perderem peso mesmo. Porque a espiritualidade de uma mulher aparentemente se reduz à sua aparência.

Diante deste cenário, Eliane Cantanhêde, mulher colunista de um dos principais jornais do país, publica texto intitulado “Nós, mulheres”, no qual pretende fazer uma autocrítica da atuação de suas poucas companheiras de gênero que conquistaram algum cargo relevante. Começa culpando a filha de Alberto Fujimori como grande articuladora do governo do pai, responsável por ter ele caído “em desgraça”.
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