Quem são as pessoas envolvidas no processo de listagem de répteis ameaçados?
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Tradicionalmente chamamos de répteis um grupo de animais que possui em comum a ectotermia (capacidade de
utilizar fontes externas de calor para regular a temperatura corporal) e a pele recoberta por escamas. Esse grupo
inclui diversas linhagens (lagartos, serpentes, anfisbenas, quelônios e jacarés), embora algumas delas sejam
pouco aparentadas entre si. Por exemplo, sabe-se hoje que os jacarés são mais aparentados às aves (e também
aos extintos dinossauros) do que aos lagartos, às cobras e às tartarugas, embora na prática os jacarés continuem
sendo tratados junto com esses animais, dentro do grupo que chamamos de répteis.
Até julho de 2005, segundo um levantamento coordenado pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH,
2005), eram conhecidas para o território brasileiro 641 espécies de répteis, o que representa cerca de 8% das
mais de oito mil espécies conhecidas no mundo (Uetz, 2005). São seis espécies de jacarés (26% de todas as
espécies do mundo), 35 de quelônios (11% da fauna mundial), 217 de lagartos (5% da fauna mundial), 326 de
serpentes (11% da fauna mundial) e 57 de anfisbênias (as cobras-de-duas-cabeças; 35% da fauna mundial). O
Brasil é o quarto colocado em relação ao número total de répteis, ficando atrás apenas da Austrália, do México
e da Índia, que possuem de 750 a 850 espécies. Além da enorme riqueza de espécies de répteis que caracteriza
nosso país, mais de um terço da nossa fauna de répteis é endêmica, ou seja, só ocorre em território brasileiro.
Atualmente, 20% da fauna mundial de quelônios é formada por espécies da subordem Pleurodira (que contém
as espécies que retraem a cabeça para dentro da carapaça dobrando o pescoço horizontalmente) e 80% da
subordem Cryptodira (aquelas que retraem a cabeça dobrando o pescoço em “S”). No Brasil, entretanto, dois
terços das espécies pertencem à subordem Pleurodira e apenas um terço à subordem Cryptodira. Esses valores
colocam o Brasil em posição de destaque, sendo o país com maior biodiversidade de Pleurodira, juntamente
com a Austrália.
Os répteis ocorrem em praticamente todos os ecossistemas brasileiros e, por serem ectotérmicos, são especialmente diversos e abundantes nas regiões mais quentes do país. Assim, nossa maior diversidade de répteis é
encontrada na Amazônia (cerca de 350 espécies), na Mata Atlântica (quase 200 espécies), no Cerrado (mais de
150 espécies) e na Caatinga (mais de 110 espécies). É possível encontrar até mais de uma centena de espécies de
répteis coexistindo na mesma área. Em uma mesma floresta da região de Manaus, por exemplo, são encontradas
mais de 110 espécies de répteis, a maioria delas de serpentes e lagartos.
A maioria dos répteis é especialista em habitats, ou seja, só consegue sobreviver em um ou em poucos ambientes
distintos. A grande maioria das espécies de lagartos e serpentes das florestas tropicais brasileiras não consegue
sobreviver em ambientes alterados, como pastos, plantações de diversos tipos e até de florestas monoespecíficas
para extração de madeira e celulose, como eucaliptais e pinheirais. Por outro lado, algumas espécies parecem se
beneficiar da alteração de habitats pela ação humana, como é o caso da cascavel. Ao contrário do que ocorre com
a imensa maioria dos répteis brasileiros, a distribuição geográfica da cascavel está aumentando, pois essa espécie
é capaz de invadir áreas abertas criadas pela derrubada de florestas tropicais (Marques et al.,
utilizar fontes externas de calor para regular a temperatura corporal) e a pele recoberta por escamas. Esse grupo
inclui diversas linhagens (lagartos, serpentes, anfisbenas, quelônios e jacarés), embora algumas delas sejam
pouco aparentadas entre si. Por exemplo, sabe-se hoje que os jacarés são mais aparentados às aves (e também
aos extintos dinossauros) do que aos lagartos, às cobras e às tartarugas, embora na prática os jacarés continuem
sendo tratados junto com esses animais, dentro do grupo que chamamos de répteis.
Até julho de 2005, segundo um levantamento coordenado pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH,
2005), eram conhecidas para o território brasileiro 641 espécies de répteis, o que representa cerca de 8% das
mais de oito mil espécies conhecidas no mundo (Uetz, 2005). São seis espécies de jacarés (26% de todas as
espécies do mundo), 35 de quelônios (11% da fauna mundial), 217 de lagartos (5% da fauna mundial), 326 de
serpentes (11% da fauna mundial) e 57 de anfisbênias (as cobras-de-duas-cabeças; 35% da fauna mundial). O
Brasil é o quarto colocado em relação ao número total de répteis, ficando atrás apenas da Austrália, do México
e da Índia, que possuem de 750 a 850 espécies. Além da enorme riqueza de espécies de répteis que caracteriza
nosso país, mais de um terço da nossa fauna de répteis é endêmica, ou seja, só ocorre em território brasileiro.
Atualmente, 20% da fauna mundial de quelônios é formada por espécies da subordem Pleurodira (que contém
as espécies que retraem a cabeça para dentro da carapaça dobrando o pescoço horizontalmente) e 80% da
subordem Cryptodira (aquelas que retraem a cabeça dobrando o pescoço em “S”). No Brasil, entretanto, dois
terços das espécies pertencem à subordem Pleurodira e apenas um terço à subordem Cryptodira. Esses valores
colocam o Brasil em posição de destaque, sendo o país com maior biodiversidade de Pleurodira, juntamente
com a Austrália.
Os répteis ocorrem em praticamente todos os ecossistemas brasileiros e, por serem ectotérmicos, são especialmente diversos e abundantes nas regiões mais quentes do país. Assim, nossa maior diversidade de répteis é
encontrada na Amazônia (cerca de 350 espécies), na Mata Atlântica (quase 200 espécies), no Cerrado (mais de
150 espécies) e na Caatinga (mais de 110 espécies). É possível encontrar até mais de uma centena de espécies de
répteis coexistindo na mesma área. Em uma mesma floresta da região de Manaus, por exemplo, são encontradas
mais de 110 espécies de répteis, a maioria delas de serpentes e lagartos.
A maioria dos répteis é especialista em habitats, ou seja, só consegue sobreviver em um ou em poucos ambientes
distintos. A grande maioria das espécies de lagartos e serpentes das florestas tropicais brasileiras não consegue
sobreviver em ambientes alterados, como pastos, plantações de diversos tipos e até de florestas monoespecíficas
para extração de madeira e celulose, como eucaliptais e pinheirais. Por outro lado, algumas espécies parecem se
beneficiar da alteração de habitats pela ação humana, como é o caso da cascavel. Ao contrário do que ocorre com
a imensa maioria dos répteis brasileiros, a distribuição geográfica da cascavel está aumentando, pois essa espécie
é capaz de invadir áreas abertas criadas pela derrubada de florestas tropicais (Marques et al.,
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