Qual a origem das operações mentais, segundo Locke? Em que elas se diferenciam das ideias? *
Soluções para a tarefa
Resposta:
Interna, da qual derivam as ideias simples de reflexão (dor, prazer, etc.).
Dessa forma, Locke chama de qualidade o poder que as coisas têm de produzir as ideias em nós e distingue entre:
Qualidades primárias – são as qualidades reais dos corpos das quais as ideias correspondentes são cópias exatas;
Qualidades secundárias – são as possíveis combinações de ideias, sendo em parte subjetiva, de modo que as ideias delas não correspondam exatamente aos objetos (cor, sabor, odor, etc.).
A mente, segundo Locke, tem tanto o poder de operar combinações entre as ideias simples formando ideias complexas, como o de separar as ideias umas das outras formando ideias gerais.
São três os tipos de ideias complexas:
1. Ideias de modo, que são afecções da substância;
2. Ideias de substância, nascidas do costume de se supor um substrato em que subsistem algumas ideias simples, e
3. Ideias de relações, que surgem do confronto que o intelecto institui entre as ideias.
Locke admite também a ideia geral de substância, obtida por abstração e não nega a existência de substâncias, mas sim a capacidade humana de ter ideias claras e distintas. Conforme Locke, a essência real seria a estrutura das coisas, mas nós conhecemos apenas a essência nominal, que consiste no conjunto de qualidades que deve ter para ser chamada com determinado nome. Assim, a abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma parcialização de outras ideias complexas: o geral e o universal não pertencem à existência das coisas, mas são invenções do próprio intelecto que se referem apenas aos sinais das coisas, sejam palavras ou ideias