Qual a importância dos Etruscos para os Romanos???
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Os etruscos que um dia dominaram boa parte da Península Itálica, se renderem ao jugo romano. Foram expulsos de Roma pelos latinos em 509 a.C.; tiveram sua fronteira destruída pelos gregos de Siracusa e Cuma em 476 a.C.; em 424 a.C. perderam a Campânia para os samnitas e, logo a seguir, o vale do rio Pó foi ocupado pelos celtas. Em 396 a.C., com a tomada de Veius, os romanos incorporaram ao seu território o que restava da Etrúria. Por volta de 300 a.C. os etruscos ainda se aliaram com os gregos contra cartagineses e romanos, pelo controle das rotas comerciais do Mediterrâneo. Ao redor de 295 a.C. uma liga de etruscos, sabinos, umbros e gauleses cisalpinos combateu contra Roma, saindo esta última vitoriosa. Contudo, em sucessivas alianças temporárias com os gauleses continuaram lutando contra os romanos, até ter lugar uma aliança com Roma contra Cartago. Após isso, os etruscos, já em decadência, começaram a ser absorvidos pelos romanos.
A maior contribuição dos romanos à engenharia de estruturas foi a utilização dos arcos, abóbodas e cúpulas. Nesses sistemas, os elementos são apenas submetidos a forças de compressão, e por isso são tão adequados a construções realizadas com materiais pouco resistentes à tração, como as alvenarias de pedra e estruturas de concreto largamente utilizadas pelos romanos. No entanto, apesar dos romanos terem difundido a utilização dos arcos e criado estruturas magníficas, os arcos não foram inventados por eles. Alguns arcos e abóbodas são encontrados em civilizações muito mais antigas, como a egípicia. Essas civilizações não perceberam as grandes qualidades desse sistema estrutural, e só utilizaram-no em construções menores. Os etruscos foram os primeiros a utilizá-los em grandes estruturas; os romanos desenvolveram extraordinariamente os arcos etruscos.
Os etruscos foram bons administradores e eficientes homens de negócios, capazes de fabricar produtos de alto nível técnico, embora talvez não reunissem as condições necessárias para se manter no poder. Seja como for, o certo é que, além do ferro, algumas cidades manufaturavam objetos de bronze, tradição que veio do Oriente. Nelas também se plantava trigo e se produziam vinho e azeite de oliva, coisas que aprenderam com os gregos. Além disso, tinham grande produção artesanal de barcos, cordas, velame para navios, e cerâmica. Eles sempre foram grandes ceramistas e produziam uma cerâmica negra, semelhante à porcelana chinesa. Até hoje não se descobriu a técnica que eles usavam.
Os etruscos foram também notáveis construtores de cidades. Marzabotto, pequena vila próxima a Bolonha, na atual região da Emilia-Romagna, tinha uma ampla rua principal cruzada por várias vias secundárias que se estendiam em quadras, esquema que foi mais tarde copiado pelos romanos.
No interior da Etrúria, a regra era a cremação, enquanto na zona costeira meridional se enterravam os defuntos. A parte mais vistosa do ritual, que aparece freqüentemente em pinturas e relevos, vinha depois de se deixar o morto ou suas cinzas na tumba. Celebrava-se então um grande banquete, do qual só participavam alguns convidados. Seu significado era recordar a constante renovação da natureza e a prolongação da vida depois da morte. Concluída a comilança, os convidados assistiam a provas atléticas, corridas de cavalos e combates de homens contra cães que, provavelmente, deram origem às lutas de gladiadores.
Mas o que distinguiu a cultura etrusca das outras foi um conjunto de crenças e rituais que recebeu o nome de disciplina etrusca. Tratava-se de uma concepção religiosa da natureza e do mundo na qual todos os entes naturais contêm a manifestação da vontade divina. Para eles, os desígnios divinos se manifestavam por meio da natureza, bastando observá-la atentamente e interpretá-la para conhecer o futuro e as formas de modificá-lo. Os intérpretes da vontade dos deuses eram os arúspices e os princípios da chamada aruspicina a arte de adivinhar a partir da análise minuciosa do fígado dos animais oferecidos aos deuses, e da leitura dos raios e trovões vinham de uma revelação do deus Tages. Ele teria surgido de um sulco no campo traçado por um lavrador etrusco, com a cara de um menino e a prudência de um ancião.
Segundo a lenda, relatada pelo escritor latino Marco Túlio Cícero (106 a.C.- 43 a.C.), Tages reuniu toda a Etrúria em um determinado lugar e pronunciou um discurso que serviu de base para a ciência praticada pelos arúspices. Muito depois da decadência da nação etrusca, seus arúspices ainda faziam parte do séquito dos generais e imperadores romanos, e seguiriam influenciando as instituições de Roma e o curso de sua história. Mais um elemento que se somou a outros fortalecendo as raízes etruscas que sobreviveram entre os romanos.
A maior contribuição dos romanos à engenharia de estruturas foi a utilização dos arcos, abóbodas e cúpulas. Nesses sistemas, os elementos são apenas submetidos a forças de compressão, e por isso são tão adequados a construções realizadas com materiais pouco resistentes à tração, como as alvenarias de pedra e estruturas de concreto largamente utilizadas pelos romanos. No entanto, apesar dos romanos terem difundido a utilização dos arcos e criado estruturas magníficas, os arcos não foram inventados por eles. Alguns arcos e abóbodas são encontrados em civilizações muito mais antigas, como a egípicia. Essas civilizações não perceberam as grandes qualidades desse sistema estrutural, e só utilizaram-no em construções menores. Os etruscos foram os primeiros a utilizá-los em grandes estruturas; os romanos desenvolveram extraordinariamente os arcos etruscos.
Os etruscos foram bons administradores e eficientes homens de negócios, capazes de fabricar produtos de alto nível técnico, embora talvez não reunissem as condições necessárias para se manter no poder. Seja como for, o certo é que, além do ferro, algumas cidades manufaturavam objetos de bronze, tradição que veio do Oriente. Nelas também se plantava trigo e se produziam vinho e azeite de oliva, coisas que aprenderam com os gregos. Além disso, tinham grande produção artesanal de barcos, cordas, velame para navios, e cerâmica. Eles sempre foram grandes ceramistas e produziam uma cerâmica negra, semelhante à porcelana chinesa. Até hoje não se descobriu a técnica que eles usavam.
Os etruscos foram também notáveis construtores de cidades. Marzabotto, pequena vila próxima a Bolonha, na atual região da Emilia-Romagna, tinha uma ampla rua principal cruzada por várias vias secundárias que se estendiam em quadras, esquema que foi mais tarde copiado pelos romanos.
No interior da Etrúria, a regra era a cremação, enquanto na zona costeira meridional se enterravam os defuntos. A parte mais vistosa do ritual, que aparece freqüentemente em pinturas e relevos, vinha depois de se deixar o morto ou suas cinzas na tumba. Celebrava-se então um grande banquete, do qual só participavam alguns convidados. Seu significado era recordar a constante renovação da natureza e a prolongação da vida depois da morte. Concluída a comilança, os convidados assistiam a provas atléticas, corridas de cavalos e combates de homens contra cães que, provavelmente, deram origem às lutas de gladiadores.
Mas o que distinguiu a cultura etrusca das outras foi um conjunto de crenças e rituais que recebeu o nome de disciplina etrusca. Tratava-se de uma concepção religiosa da natureza e do mundo na qual todos os entes naturais contêm a manifestação da vontade divina. Para eles, os desígnios divinos se manifestavam por meio da natureza, bastando observá-la atentamente e interpretá-la para conhecer o futuro e as formas de modificá-lo. Os intérpretes da vontade dos deuses eram os arúspices e os princípios da chamada aruspicina a arte de adivinhar a partir da análise minuciosa do fígado dos animais oferecidos aos deuses, e da leitura dos raios e trovões vinham de uma revelação do deus Tages. Ele teria surgido de um sulco no campo traçado por um lavrador etrusco, com a cara de um menino e a prudência de um ancião.
Segundo a lenda, relatada pelo escritor latino Marco Túlio Cícero (106 a.C.- 43 a.C.), Tages reuniu toda a Etrúria em um determinado lugar e pronunciou um discurso que serviu de base para a ciência praticada pelos arúspices. Muito depois da decadência da nação etrusca, seus arúspices ainda faziam parte do séquito dos generais e imperadores romanos, e seguiriam influenciando as instituições de Roma e o curso de sua história. Mais um elemento que se somou a outros fortalecendo as raízes etruscas que sobreviveram entre os romanos.
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