Administração, perguntado por leticiaaraujoa22, 1 ano atrás

qual a função da politica monetária nas empresas? URGENTE

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Respondido por feehpacheco0409
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Resposta:

Política monetária é o controle da oferta de moeda (dinheiro) na economia, ou seja, o meio de estabilizar e controlar ao máximo os níveis de preços para garantir a liquidez ideal (equilíbrio) do sistema econômico do país.

A política econômica tem influência sobre a taxa de juros, que se inverte ao longo do tempo. Ao aumentar a liquidez, medida pelo dinheiro em circulação, em um primeiro momento a taxa de juros cai. Como os juros são o “preço” do dinheiro, posto que remuneram os empréstimos, se há mais dinheiro disponível, seu valor diminui. Ocorre, no entanto, um efeito que inverte a trajetória dos juros no futuro em consequência da política monetária: o da expectativa de preços.

Funciona da seguinte forma: conforme o volume de dinheiro em circulação aumenta, os preços também aumentam , gerando inflação. O mercado cria um pressuposto de que o quadro se manterá. O efeito sobre a concessão de empréstimos será o aumento da taxa de juros.

Por exemplo: José, um vendedor de livros, tem R$ 1.000 para as compras do mês, mas os livros vêm subindo de preço mês a mês. Em março, o preço unitário é de R$ 1, e ele compra mil livros. Mas para o mês seguinte a projeção é de que o preço subirá para R$ 1,50. Com R$ 1 mil, dá para comprar apenas 666 livros. Como espera que o preço vá aumentar, José pega emprestado mais R$ 1 mil no banco e compra dois mil livros para vender no mês seguinte com o mesmo lucro.

Mas José não está sozinho. Conforme mais pessoas fazem como ele, buscando empréstimos, o banco aumenta as taxas de juros. Fecha-se ciclo. Depois do período inicial no qual houve queda de juros com o aumento da liquidez, a demanda agora leva ao aumento das taxas.

No caso do desemprego, adotá-lo como critério da política econômica não traria resultados válidos por causa da relação com os salários reais – o poder de compra. As vagas abertas e a quantidade de pessoas atrás de um emprego buscam um equilíbrio. O resultado é um salário que as empresas podem pagar e os empregados aceitem receber.

Se aumenta a quantidade de dinheiro circulando na economia acima do limite e a taxa de juros cai: a população tende a gastar mais. Essa combinação é um convite ao consumo, já que o dinheiro está “barato”. A renda, com o aumento da produção e do emprego, subiria, assim como os gastos, com os preços sendo mantidos. Os produtores reagiriam aumentando a produção, os empregados prolongariam a jornada de trabalho e seus antigos postos, com salários mais baixo, seriam ocupados pelos desempregados.

Quanto mais aumenta da renda, aumenta também o consumo, levando em algum momento ao aumento de preços se a produção não dá conta da demanda. Ou seja, após um tempo há inflação. Os salários serão menores em comparação com os salários que foram oferecidos antes, já que não consideravam o ajuste resultante do aumento da quantidade da moeda.

O desemprego nesta fase será mais baixo do que seria sem a influência da política monetária. A procura por trabalho torna-se excessiva, gerando aumento nos salários para que os melhores profissionais sejam contratados ou mantidos. Este aumento cedo ou tarde resultará em maior desemprego, fazendo com que as condições de emprego e salário voltem ao equilíbrio anterior à intervenção governamental. Os efeitos da política monetária desemprego são temporários e resultam em alterações bruscas na economia para a restauração desse equilíbrio.

Um aplicação prática da teoria de Friedman é a do recolhimento de depósitos compulsórios, um mecanismo de controle do Banco Central (BC) brasileiro sobre a quantidade de dinheiro na economia. Percentuais do dinheiro depositado são mantidos em uma conta do BC à disposição dos clientes dos bancos. Houve redução de 40% para 25% no valor das contas correntes e de 24,5% para 20% na poupança. Na prática, libera-se R$25,7 bilhões para os bancos emprestarem, injetando dinheiro na economia, o que gera um aumento na inflação.

A medida é coerente com o cenário brasileiro atual, tentando conter um risco de deflação (inflação negativa), uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março foi de 0,09%, o menor para o mês desde 1994 e que, mantida a curva atual, chegaria aos valores negativos indesejados. Sendo assim, a medida da política monetária se pautou pela taxa de inflação o que se adequa com a teoria proposta por Friedman.

Uma das atuações que cabem à política monetária é evitar que as oscilações na quantidade de dinheiro em circulação causem efeitos negativos. Também deve promover a limitação da flexibilidade de preços e salários e, nessas condições, garantir sua estabilidade. Para isso, espera-se que a política monetária controle a quantidade de moeda corrente e, principalmente, os níveis de preços, de modo a evitar oscilações bruscas. Promove assim um crescimento moderado e constante, evitando inflação e deflação. Com clima monetário favorável, a política monetária é ferramenta primordial para a pleno desenvolvimento da política econômica.

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