QUAIS SERIAM OS PRINCIPAIS MOTIVADORES DA
INTOLERANCIA RELIGIOSA NO BRASIL? EXPLIQUE.
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Resposta:
Os adeptos do cristianismo foram os primeiros a sofrerem perseguição do Império Romano, que se considerava ameaçado pela grande propagação da religião. Entretanto, quando alcançaram a legalidade, cristãos passaram a discriminar pagãos, judeus e, tempos depois, muçulmanos.
A perseguição aos Judeus no período da Segunda Guerra Mundial é mais um traço de intolerância do século XX. O regime nazista alemão condenou e matou milhões de pessoas de etnias e crenças diferentes do modelo padrão.
Atualmente, a força da intolerância se espalha por territórios do islamismo. Ordens extremistas impõem de forma violenta suas concepções da religião, expulsando e matando aqueles que não concordam.
No Iraque, por exemplo, as vertentes islâmicas sunitas e xiitas são protagonistas de conflitos e guerras civis. Um grupo cultiva o ódio para com o outro, sendo os xiitas os mais perseguidos, pois se apresentam em menor quantidade.
Intolerância Religiosa no Brasil
O Brasil, pela constituição, é um Estado Laico. Em teoria, deve ser independente, sem influências da Igreja. Isso assegura a liberdade de escolha individual. A intolerância religiosa é tida como crime de ódio, considerada inafiançável e imprescritível, sendo os ofensores sujeitos a pagamento de multas e prisão.
No entanto, esse apoio da lei foi possível a partir de 1891, com a instalação do governo republicano. Até então, o catolicismo era a religião oficial e outros tipos de cultos banidos.
O caminho da intolerância religiosa no país começou com a chegada dos portugueses. Os índios, povos nativos, foram obrigados a renegar as crenças e tradições de origem, enfrentando catequização dos padres jesuítas.

Padre José de Anchieta catequizando os nativos. (Foto: Wikipédia)
Em seguida, com a vinda dos negros africanos escravizados, o mesmo processo manipulador se repetiu. Eles tiveram que cultuar seus orixás através dos santos católicos, uma estratégia para driblar a doutrinação católica dos senhores de terra.
O domínio do catolicismo sofreu um certo enfraquecimento apenas no Segundo Reinado – momento de imigração alemã e vinda de pastores da Igreja Luterana. A consolidação da república permitiu maior liberdade de culto.
As religiões de matriz africana continuam sendo as mais impactadas pela intolerância religiosa. No passado, os terreiros e praticantes eram alvos da polícia e nos dias atuais são reféns de ataques e atos de vandalismo.
Por isso a umbanda e o candomblé são as crenças mais atacadas no Brasil. Religiões evangélicas e espíritas ficam logo atrás.