quais foram os métodos de produção típicos de cada era histórica desde a idade média?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Idade Média. O cultivo de plantas forrageiras e de outros cereais que não o trigo, como a aveia e a cevada, generalizou-se na Europa ao longo da Idade Média. Cessadas as lutas e a insegurança decorrentes das migrações conhecidas como "invasões dos bárbaros", instalou-se, nas regiões em que se estabeleceram povos germânicos, o sistema chamado de rotação trienal ou dos três campos. Tal sistema, cuja característica básica era sua subordinação à economia de subsistência, estendeu-se ao leste europeu depois de prevalecer nas partes central e ocidental do continente.
As terras de uma comunidade eram divididas em três folhas ou campos (Fluren, em alemão), ao redor da aldeia, com suas casas e culturas de quintal. Numa dessas folhas, os camponeses faziam uma lavoura de inverno, geralmente de trigo ou centeio semeado no outono, à qual sucedia uma lavoura de verão, que podia ser de cevada, aveia ou leguminosas. No terceiro ano, aquela folha era deixada em descanso, convertendo-se em pasto para o gado comunal.
O afolhamento era feito em três anos e submetia cada folha, rotativamente, a dois cultivos (um de inverno, outro de verão) e a um descanso. Aproveitavam-se, pois, dois terços das terras aráveis, enquanto no Mediterrâneo utilizava-se somente metade (rotação bienal). Cada família camponesa possuía em cada folha uma parcela, de forma alongada e sem cercas, visto que na mesma folha todos os terrenos eram arados em conjunto. Além das folhas se estendia uma faixa de pasto comum permanente, em que o gado de todos os habitantes da aldeia ia pastar. Mais longe ainda estava localizada a floresta comunal, onde os camponeses se abasteciam de lenha e caça.
No esquema de distribuição das áreas habitáveis prevaleciam os traçados alongados, com as aldeias se formando pelas beiras de estrada. O habitat concentrado estimulava os hábitos comunitários, embora associados à propriedade privada do solo. O feudalismo se entrosou nessa organização econômico-social. Na propriedade dominial, os camponeses, transformados em servos da gleba, pagavam seu tributo em espécie (cereais, vinho, pequenos animais); e na propriedade privada do senhor, em corvéia (trabalho gratuito). O senhor lhes retribuía com uma certa segurança: a defesa militar.
Durante sua longa dominação da Espanha, a partir do século VIII, os árabes introduziram numerosas fruteiras e plantas de importância essencial, como o algodão. A agricultura européia, já um ponto de encontro de tradições bem diversas, tornar-se-ia cada vez mais eclética com a posterior expansão das grandes rotas marítimas. O contato com novas terras permitiria importar e aclimatar espécies antes desconhecidas e que às vezes teriam, como aconteceu com a batata, um papel de extraordinário relevo nas dietas mais rotineiras.
Sob esse aspecto, há uma linha de apropriações incessantes que parte das novidades surgidas na Espanha arabizada, atravessa a era das descobertas e desemboca, nos séculos XVIII e XIX, no período dos grandes domínios coloniais nos trópicos. Ao aumentarem, ao longo dessa linha, seu patrimônio de recursos naturais, os europeus prenunciaram um dos traços mais típicos da agricultura moderna: seu absoluto ecletismo, decorrente da transferência intercontinental de espécies e produtos.
Dois momentos sociais de grande peso histórico afetaram profundamente, na Idade Média, a agricultura européia: nos séculos XII e XIII, o surto demográfico que se espalhou pelo continente, provocando uma febre de urbanização e a conseqüente derrubada de novos trechos de mata; no século XIV, as epidemias de peste que dizimaram a população, gerando escassez de mão-de-obra no campo e uma retração ponderável do mercado agrícola. Todos esses fatores se uniram para levar a uma fase de crise na agricultura, com o abandono ou a perda de muitas terras produtivas.
Explicação:
Espero ter ajudado ^^