História, perguntado por Laryssabelchior, 1 ano atrás

Quais as principais transformações ocorridas no RJ, após a chegada da corte portuguesa?

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Respondido por fernandesdavih
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A chegada ao Brasil foi complicada porque não haviam casas para tanta gente. Tiveram que desalojar uns para colocar toda a comitiva real. No entanto este período da história foi bastante importante e vantajoso para o país, pois a estadia da família real no Brasil criou os alicerces necessários à sua independência e ainda tornou o Brasil no país mais desenvolvido e rico da América do Sul. 

- O Brasil deixou de ser colónia e subiu à categoria de reino do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 

- Não só a família real estava no Brasil, como também toda a sua riqueza, que foi investida no Brasil e possibilitou assim, a independência do Brasil, como um país capaz de se desenvolver a si próprio 

- O Brasil ao contrário de todas as colónias da América do Sul não sofreu com as guerras civis que eram muitas na altura. Com isto o Brasil deu um passo gigante para se tornar no país mais desenvolvido da América do Sul 

- O Brasil reforçou o território, tornando-se mais coeso e unido. Incentivou o patriotismo e os brasileiros tornaram-se num só povo 

- Desenvolvimento do comércio, que deixou de ser feito em Portugal e passou a ser feito no Brasil 

- Autorização dada aos navios brasileiros para entrarem em qualquer país, que até então era impossível. 

- Livre exercício de qualquer indústria (antigamente não podiam haver ourives por exemplo...o ouro era levado para Portugal) 

- Aposta em produtos nacionais e desenvolvimento da indústria, comércio e agricultura 

- Criação do primeiro jornal brasileiro (até então a imprensa era proibida) 

- Criação de meios para acabar com a fome da população, como a importação de sardinhas (da França curiosamente) que geram grandes cardumes. 

- Criação do Banco do Brasil; Junta do Comércio; Academia Real Militar; Academia da Marinha; Escola Real de Ciências, de Artes e Ofícios; Academia de Belas-Artes; Dois colégios de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro e em Salvador; Museu Nacional; Observatório Astronómico; Biblioteca Real – combinação de diversos livros e documentos que vieram de Portugal; Estreia do Real Teatro de São João; Jardim Botânico; Hospitais; etc. 

- Tudo isso gerou emprego e modernizou a educação no Brasil. O Rio de Janeiro passou por uma grande transformação: expandiu-se, ganhou chafarizes para que houvesse fornecimento de água, construíram-se pontes,calçadas, ruas, estradas e foi instalada a iluminação pública. Tudo isso foi importante para acabar com o isolamento de certas povoações . 

O rei D. João levou ainda para o Brasil artistas e cientistas europeus, o que contribuiu para renovar a cultura brasileira. Mandou mandou ir da Europa a Missão Artística Francesa, no intuito de refinar o bom gosto na colónia. A influência francesa foi marcante no vestiário da época, na arquitectura e nos hábitos de consumo da população. 

- Surgimento de novos títulos, dando origem à Nova Nobreza Brasileira, que ganhava po

fernandesdavih: espero ter ajudado
Laryssabelchior: Muitíssimo obrigada!!
fernandesdavih: de nada!
Respondido por welleandreaalice5
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Explicação:

A vinda da família real para o Brasil mudou, também, a fisionomia do Rio de Janeiro. A cidade que os estrangeiros acharam suja, feia e malcheirosa começou a se expandir e cuidar de sua aparência, abrindo-se às modas européias. Para zelar pela segurança e policiamento da cidade, foi criada, ainda em 1808, a Intendência de Polícia, encarregada de todos os serviços de melhoria e embelezamento da cidade. Nessa época foram construídos chafarizes para o abastecimento de água, pontes e calçadas; abriram-se ruas e estradas; foi instalada a iluminação pública; passaram a ser fiscalizados os mercados e matadouros; organizadas as festas públicas, etc. Essas melhorias eram realizadas, muitas das vezes, com a contribuição dos ricos moradores, que recebiam em troca benefícios materiais e títulos de nobreza do príncipe regente.

Os viajantes que visitavam o Rio de Janeiro se surpreendiam com a rapidez das mudanças sofridas pela cidade. Um deles, o inglês Gardner, comentou: "O grande desejo dos habitantes parece ser o de dar uma fisionomia européia à cidade. Uma das mais belas ruas da cidade é a rua do Ouvidor, não porque seja mais larga, mais limpa ou melhor pavimentada que as outras, mas porque é ocupada principalmente por modistas francesas, joalheiros, alfaiates, livreiros, sapateiros, confeteiros, barbeiros."

Durante o período de permanência de D. João no Rio de Janeiro, o número de habitantes da capital dobrou, passando de cerca de 50 mil para cerca de 100 mil pessoas. Chegaram europeus das mais diversas nacionalidades, com diferentes objetivos. Além daqueles que vinham "fazer negócio", muitos outros vinham tentando "fazer a vida". Eram espanhóis, franceses, ingleses, alemães e suíços, entre outros, das profissões as mais variadas, como: médicos, professores, alfaiates, farmacêuticos, modistas, cozinheiros, padeiros, etc. Formavam um expressivo contingente de mão-de-obra qualificada. Instalavam-se no Rio, também, representantes diplomáticos, pois a cidade se tornara a sede do Governo português.

As casas perdiam a aparência de austeridade e isolamento, ganhando janelas envidraçadas e jardins externos, à maneira inglesa. Com o passar dos tempos, muitos dos funcionários mais graduados começaram a adquirir chácaras ou quintas em locais próximos ao centro da cidade, como a rua Mata - Cavalos (atual rua do Riachuelo), ou em seus arredores, como Catumbi e São Cristóvão.

Segundo Sérgio Buarque, "a sociedade refinava-se, de outro lado, não apenas pelas novidades que lhe traziam os estrangeiros, mas igualmente pelos salões que se vinham abrindo, para as reuniões elegantes, promovidas pela nobreza chegada com a Corte. As residências, em conseqüência, já apresentavam um bom tom, que diferia profundamente das pobres moradias do período anterior".

Também mudavam os costumes das famílias, quebrando a reclusão do lar para as mulheres, que passaram a freqüentar os espaços públicos, como as ruas e os teatros e, também dedicar-se `a leitura de livros e ao estudo de outros idiomas. Multiplicavam-se as lojas de modas e os cabeleireiros, freqüentados por senhoras ricas, que não queriam fazer feio diante das damas da Corte. Outra medida do príncipe-regente permitiu a qualquer pessoa a abertura de escolas de primeiras letras, na maioria das vezes funcionando na casa do próprio professor. Os filhos das famílias mais abastadas eram educados, em suas casas, por preceptores. Permanecia, entretanto, o trabalho escravo, necessário às atividades braçais nas casas, sobrados e chácaras dos senhores.

Muitos dos donos de escravos, entretanto, não os utilizavam apenas no serviço doméstico. Para aumentar seus rendimentos, empregavam seus escravos como "negros de ganho" e "negros de aluguel". Os negros de ganho trabalhavam nas ruas, sendo obrigados a dividir com os senhores o que ganhavam. Os negros de aluguel eram alugados a outras pessoas, a quem prestavam serviços. Uns vendiam de porta em porta todo tipo de mercadoria: aves, verduras, legumes, doces, licores, etc.; outros armavam seus tabuleiros em esquinas movimentadas, nas escadarias das igrejas e nas praças, oferecendo aos gritos os artigos à venda. Essa utilização dos escravos rendia um bom lucro aos seus senhores e, por isso, alguns deles chegavam a ter mais de quarenta escravos nessas condições e outros, ainda, obrigavam suas escravas a se prostituírem.

No entanto, a presença dos escravos e dos homens livres pobres na cidade atemorizava a Corte, deixando em permanente sobressalto a população branca e proprietária. Era, além do mais, uma preocupação constante para a Intendência de Polícia da Corte, tirando o sono daqueles que eram conhecidos como os "branquinhos do Reino". Para complicar a situação, negros fugidos das fazendas da região formavam quilombos nas matas da Serra da Carioca, que reuniam centenas de pessoas. O sentimento de insegurança social era agravado pela possibilidade do "haitianismo" ou seja, o pavor de uma insurreição de escravos ou mestiços, como ocorrera no Haiti, em 1794.

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