Quais as camadas do sistema tegumentar e quais as diferenças entre elas
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A superfície da pele, no homem adulto, tem sido, por vários processos, calculada em cerca de 16 mil centímetros quadrados. A sua espessura varia conforme o indivíduo, e, no mesmo indivíduo, segundo as regiões. Muito delgada, por exemplo, nas pálpebras (1/2 milímetro), torna-se espessa na palma das mãos, planta dos pés, nuca (3 a 4 milímetros).
A cor varia segundo as idades, segundo as regiões do corpo e segundo as raças. Rósea na criança, ela escurece na velhice. As partes descobertas são mais escuras que as protegidas pelo vestuário. Contudo, as diferenças raciais são as mais acentuadas, e sobre elas voltaremos a falar oportunamente.
Superfície da pele
A superfície da pele não é nem lisa, nem unida: apresenta saliências, sulcos e orifícios. As saliências podem ser divididas em dois grupos: saliências permanentes, formadas pelas papilas dérmicas, visíveis especialmente na palma das mãos e na planta dos pés, e saliências temporárias, determinadas pela projeção, para fora, dos folículos pilosos, sob a influência do chamado “arrepio”.
Nos sulcos podemos destacar: os sulcos articulares, nas vizinhanças das articulações; os sulcos musculares, linhas de inserção dos músculos na pele, como, por exemplo, as rugas da testa; os sulcos interpapilares, que separam umas das outras as papilas da palma das mãos, da planta dos pés; os sulcos senis, ou rugas da velhice.
Os orifícios, ou poros que crivam a superfície da pele, pertencem aos folículos pilosos e às glândulas sudoríparas e sebáceas.
Derme
A derme, parte fundamental do sistema tegumentar, é sensível e elástica, compondo-se de duas zonas que se colocam uma sobre a outra, sem limite nítido: a) a pars reticularis, mais profunda, com fibras elásticas e conjuntivas dispostas em um retículo frouxo, na maioria paralelas à superfície da pele, e contendo, nas malhas, células conjuntivas estreladas, ou fusiformes; b) a pars papillaris, mais superficial, com a mesma estrutura que a precedente, mas apresentando fibras em retículo cerrado.
Na superfície de contacto da pars papillaris com a epiderme, há numerosas e pequenas saliências, as papilas dérmicas, umas simples, com um ápice, outras compostas, com dois ou mais ápices. Nestas papilas, ora se alojam capilares sanguíneos, ora terminações nervosas, pelo que umas se dizem vasculares, outras, papilas nervosas.
As papilas nervosas só existem na face palmar das mãos e na planta dos pés; as vasculares estão espalhadas por toda a superfície cutânea. Jaz por debaixo da ‘derme o tecido celular subcutâneo, subcutis, formado de elementos conjuntivos, entre os quais se notam grupos de células gordurosas, ,que em certas regiões do corpo se desenvolvem e formam o panículo adiposo.
Epiderme
A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células se dispõem em várias camadas regulares. Estas camadas, bastante numerosas, se dividem em cinco estratos: a) o estrato cilíndrico, de uma camada única de células cilíndricas, implantadas na derme; b) o estrato germinativo, ou de Malpighi, de várias camadas de células poligonais, unidas entre si por saliências espinhosas; c) o estrato granuloso, com duas ou três camadas de células achatadas, de núcleo mais ou menos atrofiado, e com o citoplasma contendo granulações especiais, de eleidina; d) o estrato córneo, o mais superficial, de células pavimentosas, apresentando o citoplasma inteiramente transformado em substância córnea (queratina).
As células superficiais da pele vão caindo, à medida que envelhecem e morrem. Há, pois, uma contínua descamação dos elementos córneos da epiderme, substituídos por novos elementos, oriundos da multiplicação das células subjacentes.