Português, perguntado por vitorhipolitorodrigu, 8 meses atrás

Protesto

Não é no teu corpo que se imola

para a ceia dos meus sentidos

a vítima núbil, a áurea mola

que cinge o amor recente aos idos.


Mas é também no teu corpo que corre

o sangue que o meu sangue socorre.


Não é no teu corpo que se ergue

a guerra fria dos meus nervos.


nem nasceram tuas transparências

para a cegueira dos meus dedos.


Mas é também no teu corpo insano

que perscruto meu desconforto humano.


Não é no teu corpo, nos teus olhos

de fauno, que colho as minhas ditas,

nem o jasmim de tua boca flore

para a visão que me solicita.


Mas é também no teu corpo único

que o amor à forma do Amor reúno.


Não é no teu corpo que concentro

minha sede (esta sede ferina

que morre de seu farto alimento

e vive de quanto se elimina)


Mas é também teu corpo a medida

destas águas sobre a minha ferida.


Não é no teu corpo, mas é tanto

no teu corpo meu último refúgio,

que amoroso e em pânico me insurjo

contra a fonte que és: júbilo e pranto.


Mas é também no teu corpo o tudo

da solidão em que me aclaro e escudo.


Em teu corpo, canal que brande e acalma

minha alma, este pássaro árduo e mudo

na estranha migração da tua alma.


Walmir Ayala, in 'O Edifício e o Verbo'


1) Fale sobre oq vc entendeu sobre esse poema:


PFV PRECISO QUE VCS ME AJUDEM COM ISSO

Soluções para a tarefa

Respondido por MariaFerreiraSantos1
1

Resposta:

Explicação:

Me ajuda


vitorhipolitorodrigu: ????
Respondido por emilysroczynskibaumg
0

gostei do desabafo ✊--------------


emilysroczynskibaumg: mds foi mal
emilysroczynskibaumg: a resposta era pra outra pessoa foi sem quere
vitorhipolitorodrigu: de boa
emilysroczynskibaumg: mas serio foi nal
emilysroczynskibaumg: mal*
Perguntas interessantes