porque para platao a realidade sensivel e ilusoria
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Para Platão a Filosofia é o conhecimento do Ser, a procura das Ideias universais, daquilo que permanece para além da aparência sensível e fugidia.
O problema do conhecimento está ligado ao problema do Ser (a cada grau doconhecer corresponde um determinado grau de Ser). O conhecimento verdadeiro deverá ser rigoroso e universal, tendo por objecto o Ser (o que permanece) e não os objectos sensíveis e a mobilidade que os caracteriza. Da percepção sensível, dado o seu fluir constante, não é possível elaborar um conhecimento verdadeiro/autêntico.
Teoria das Ideias
Platão fala-nos de dois mundos, ou dois planos da realidade radicalmente diferentes:
- O Sensível ® tudo o que é percebido/captado pelos sentidos; a este nível da realidade corresponde um nível de conhecimento básico/elementar ¾ a opinião (doxa), conhecimento imediato, baseado na experiência sensível.
- O Inteligível ® (Mundo das Ideias/Formas); trata-se de uma realidade que só pode ser apreendida através de um esforço de elevação do espírito, da razão; as Ideias, ao contrário dos objectos sensíveis (sujeitos à mudança, ao movimento, ao devir, à contingência), são eternas, necessárias, imutáveis; este plano da realidade é o objecto da Ciência/Sabedoria (= a este nível da realidade corresponde a Ciência/Sabedoria).[1]
Noção de Participação.
As Ideias são fundamento do ser dos objectos sensíveis. Isto significa que uma coisa sensível só existe na medida em que participa[2] das Ideias. Em termos muito simples, as árvores só são árvores enquanto participam da Ideia de árvore. É neste sentido que se diz que a ideia é um arquétipo, ou seja, um modelo de ser. A realidade verdadeira reside, pois, num mundo arquetípico. Resumindo: as Ideias são modelos originais e originantes; são Formas Puras que, sendo apenas inteligíveis, dão existência aos objectos do mundo sensível.
O método dialéctico.
O conhecimento das Ideias é possível graças ao poder dialéctico da razão[3]. Para se aproximar do mundo das Ideias ou Formas, o método dialéctico exige que o espírito passe por três graus de conhecimento: o sensível, o discursivo (matemática) e o intelectivo (conhecimento racional intuitivo).
O espírito eleva-se do múltiplo, da aparência sensível, até ao Uno, universal e inteligível (Ideias).
A contemplação das Ideias exige uma autêntica purificação (catarse). O homem, pela dialéctica, purifica-se.
Ideia de Bem
Dado que existem muitas Ideias ¾ Justo, Belo, Igual, Homem, etc. ¾ impõe-se encontrar uma que unifique a multiplicidade do mundo inteligível: é a Ideia de Bem. O Bem é o Sol da Ideias; todas as demais dele participam.
O Bem corresponde no mundo do ser ao que o Sol é no mundo sensível. O Bem não só torna cognoscíveis as substâncias que constituem o mundo inteligível, mas dá-lhes ainda o ser de que são dotadas. Neste sentido podemos dizer que o Bem é a causa das Ideias. Diz Platão:
«As coisas cognoscíveis não derivam do Bem somente a sua cognoscibilidade, mas também o ser e a substância, enquanto o Bem não seja não seja substância mas, em querer e poder, se situe ainda acima da substância.»
O Bem é a própria perfeição, ao passo que as Ideias são perfeições, isto é, bens; e não é o Ser, porque é a causa do Ser.
A Ontologia e a Gnoseologia em Platão: analogia ser/conhecer.
Platão concebe o real a duas dimensões: o chamado mundo sensível (perceptível através dos sentidos e, em rigor, não real) em que tudo está em constante transformação, e o chamado mundo inteligível (só captável através do exercício da razão), que é perene, imutável e eterno. E se existem dois modos de apreensão e compreensão do real, existem dois tipos de conhecimento: um verdadeiro, outro ilusório. Ao verdadeiro dá Platão o nome de Sofia (sabedoria), ao ilusório chama Doxa (opinião).
…/...
[1] Por outras palavras: Platão concebe o real a duas dimensões: o chamado mundo sensível (perceptível através dos sentidos e, em rigor, não real) em que tudo está em constante transformação, e o chamado mundo inteligível (só captável através do exercício da razão), que é perene, imutável e eterno. E se existem dois modos de apreensão e compreensão do real, existem dois tipos de conhecimento: um verdadeiro, outro ilusório. Ao verdadeiro dá Platão o nome de Sofia (sabedoria), ao ilusório chama Doxa (opinião).
[2] Participação = Imitação = Cópia.
[3] Poder da razão em escender gradualmente, de hipótese em hipótese, até às Ideia
O problema do conhecimento está ligado ao problema do Ser (a cada grau doconhecer corresponde um determinado grau de Ser). O conhecimento verdadeiro deverá ser rigoroso e universal, tendo por objecto o Ser (o que permanece) e não os objectos sensíveis e a mobilidade que os caracteriza. Da percepção sensível, dado o seu fluir constante, não é possível elaborar um conhecimento verdadeiro/autêntico.
Teoria das Ideias
Platão fala-nos de dois mundos, ou dois planos da realidade radicalmente diferentes:
- O Sensível ® tudo o que é percebido/captado pelos sentidos; a este nível da realidade corresponde um nível de conhecimento básico/elementar ¾ a opinião (doxa), conhecimento imediato, baseado na experiência sensível.
- O Inteligível ® (Mundo das Ideias/Formas); trata-se de uma realidade que só pode ser apreendida através de um esforço de elevação do espírito, da razão; as Ideias, ao contrário dos objectos sensíveis (sujeitos à mudança, ao movimento, ao devir, à contingência), são eternas, necessárias, imutáveis; este plano da realidade é o objecto da Ciência/Sabedoria (= a este nível da realidade corresponde a Ciência/Sabedoria).[1]
Noção de Participação.
As Ideias são fundamento do ser dos objectos sensíveis. Isto significa que uma coisa sensível só existe na medida em que participa[2] das Ideias. Em termos muito simples, as árvores só são árvores enquanto participam da Ideia de árvore. É neste sentido que se diz que a ideia é um arquétipo, ou seja, um modelo de ser. A realidade verdadeira reside, pois, num mundo arquetípico. Resumindo: as Ideias são modelos originais e originantes; são Formas Puras que, sendo apenas inteligíveis, dão existência aos objectos do mundo sensível.
O método dialéctico.
O conhecimento das Ideias é possível graças ao poder dialéctico da razão[3]. Para se aproximar do mundo das Ideias ou Formas, o método dialéctico exige que o espírito passe por três graus de conhecimento: o sensível, o discursivo (matemática) e o intelectivo (conhecimento racional intuitivo).
O espírito eleva-se do múltiplo, da aparência sensível, até ao Uno, universal e inteligível (Ideias).
A contemplação das Ideias exige uma autêntica purificação (catarse). O homem, pela dialéctica, purifica-se.
Ideia de Bem
Dado que existem muitas Ideias ¾ Justo, Belo, Igual, Homem, etc. ¾ impõe-se encontrar uma que unifique a multiplicidade do mundo inteligível: é a Ideia de Bem. O Bem é o Sol da Ideias; todas as demais dele participam.
O Bem corresponde no mundo do ser ao que o Sol é no mundo sensível. O Bem não só torna cognoscíveis as substâncias que constituem o mundo inteligível, mas dá-lhes ainda o ser de que são dotadas. Neste sentido podemos dizer que o Bem é a causa das Ideias. Diz Platão:
«As coisas cognoscíveis não derivam do Bem somente a sua cognoscibilidade, mas também o ser e a substância, enquanto o Bem não seja não seja substância mas, em querer e poder, se situe ainda acima da substância.»
O Bem é a própria perfeição, ao passo que as Ideias são perfeições, isto é, bens; e não é o Ser, porque é a causa do Ser.
A Ontologia e a Gnoseologia em Platão: analogia ser/conhecer.
Platão concebe o real a duas dimensões: o chamado mundo sensível (perceptível através dos sentidos e, em rigor, não real) em que tudo está em constante transformação, e o chamado mundo inteligível (só captável através do exercício da razão), que é perene, imutável e eterno. E se existem dois modos de apreensão e compreensão do real, existem dois tipos de conhecimento: um verdadeiro, outro ilusório. Ao verdadeiro dá Platão o nome de Sofia (sabedoria), ao ilusório chama Doxa (opinião).
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[1] Por outras palavras: Platão concebe o real a duas dimensões: o chamado mundo sensível (perceptível através dos sentidos e, em rigor, não real) em que tudo está em constante transformação, e o chamado mundo inteligível (só captável através do exercício da razão), que é perene, imutável e eterno. E se existem dois modos de apreensão e compreensão do real, existem dois tipos de conhecimento: um verdadeiro, outro ilusório. Ao verdadeiro dá Platão o nome de Sofia (sabedoria), ao ilusório chama Doxa (opinião).
[2] Participação = Imitação = Cópia.
[3] Poder da razão em escender gradualmente, de hipótese em hipótese, até às Ideia
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