porque a poesia de Augusto dos anjos trilhou caminho único em nossa literatura?
alguém consegue me responder essa pergunta pfvr.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Em 1912, ocorreu a primeira publicação de Eu, de Augusto dos Anjos, que já teve mais de cem edições e é, provavelmente, a obra de poesia mais lida em nosso país.
Tal sucesso tem várias explicações, entre elas a originalidade chocante da poesia do autor, que trilhou um caminho único em nossa literatura, fundindo elementos simbolistas a elementos materialistas e científicos. Por um lado, o poeta herdou do Simbolismo uma visão cósmica e uma angústia moral, além de ter adotado, por influência do filósofo Schopenhauer, um pessimismo exacerbado. Por outro, incorporou uma visão materialista e científica da vida e do mundo, com claras influências do biólogo naturalista Ernst Haeckel (1834-1919) e do filósofo Herbert Spencer (1788-1860). Paradoxalmente, o eu lírico de seus poemas busca o infinito na matéria, com a perspectiva pessimista de que tudo caminha para a morte, para o mal e para o nada. Não há nessa poesia lugar para a esperança, uma vez que tudo é matéria, e a matéria caminha para a podridão absoluta.
A linguagem empregada pelo autor também é surpreendente, considerando-se a linguagem elevada que até então era utilizada na poesia. Termos científicos se misturam a um vocabulário rebuscado, dando origem a uma linguagem eloquente, expressiva e muitas vezes chocante. As formas poéticas, entretanto, ainda são as convencionais empregadas no Simbolismo, como o soneto e o verso decassílabo ou o alexandrino.
Resposta:
Em 1912, ocorreu a primeira publicação de Eu, de Augusto dos Anjos, que já teve mais de cem edições e é, provavelmente, a obra de poesia mais lida em nosso país.
Tal sucesso tem várias explicações, entre elas a originalidade chocante da poesia do autor, que trilhou um caminho único em nossa literatura, fundindo elementos simbolistas a elementos materialistas e científicos. Por um lado, o poeta herdou do Simbolismo uma visão cósmica e uma angústia moral, além de ter adotado, por influência do filósofo Schopenhauer, um pessimismo exacerbado. Por outro, incorporou uma visão materialista e científica da vida e do mundo, com claras influências do biólogo naturalista Ernst Haeckel (1834-1919) e do filósofo Herbert Spencer (1788-1860). Paradoxalmente, o eu lírico de seus poemas busca o infinito na matéria, com a perspectiva pessimista de que tudo caminha para a morte, para o mal e para o nada. Não há nessa poesia lugar para a esperança, uma vez que tudo é matéria, e a matéria caminha para a podridão absoluta.
Explicação:
A linguagem empregada pelo autor também é surpreendente, considerando-se a linguagem elevada que até então era utilizada na poesia. Termos científicos se misturam a um vocabulário rebuscado, dando origem a uma linguagem eloquente, expressiva e muitas vezes chocante. As formas poéticas, entretanto, ainda são as convencionais empregadas no Simbolismo, como o soneto e o verso decassílabo ou o alexandrino.