Por que os processos revolucionários elevaram as tenções sociais ?
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Na década de 1880, as visíveis tensões sociais ganharam maior força com o atentado que assassinou o czar Alexandre II, em 1881, e o crescimento exponencial dos grupos revolucionários. No governo de Nicolau II, a situação da Rússia piorou sensivelmente. O novo rei tinha claras intenções de preservar a estrutura política centralizada e, com isso, enfrentou uma série de revoltas nas colônias que não mais aceitavam a colonização do Império Russo.
No ano de 1898, as inquietações políticas das camadas populares ganharam maior expressão com a criação do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), que se tornou o principal palco de discussões sobre a situação política, econômica e social do país. Sendo duramente perseguido pelas autoridades governamentais, este partido realizou diversos congressos no interior com o intuito de discutir a condução do processo revolucionário russo.
Dessas discussões surgiram duas diferentes orientações partidárias no interior do POSDR. De um lado, Georgy Plekanov e Yuly Martov lideravam a ala menchevique, defensora da idéia de que um governo democrático-burguês deveria dar lugar ao czarismo. Segundo os mencheviques, essa reforma no poder traria as condições necessárias para que o país superasse seu atraso econômico para só depois a revolução proletária acontecer.
Em outra facção estavam os bolcheviques, grupo encabeçado por Vladmir Lênin, favorável à instalação de uma revolução proletária imediata. Esse outro grupo político acreditava que os trabalhadores russos deveriam ser organizados com o intuito de promover urgentemente todas as mudanças que um governo de orientação burguesa não teria o interesse de realizar. Dessa forma, o cenário político russo tomou diferentes orientações.