por que o sistema fordista encontra-se incompatível com a realidade atual?
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Nos últimos anos, particularmente a partir da década de 1970, o
mundo passou a presenciar uma crise do sistema de produção
capitalista. Após um período próspero de acumulação de capitais, o
auge do fordismo e do keynesianismo das décadas de 1950 e 1960, o
capital passou a dar sinais de um quadro crítico, que pode ser
observado por alguns elementos como: a tendência decrescente da taxa
de lucro decorrente do excesso de produção; o esgotamento do padrão
de acumulação taylorista/fordista(2) de produção; a desvalorização
do dólar, indicando a falência do acordo de Breeton woods; a crise
do Welfare State ou do “Estado de Bem-Estar Social”; a
intensificação das lutas sociais (com greves, manifestações de rua)
e a crise do petróleo que foi um fator que deu forte impulso a esta
crise.
Esta “crise estrutural do capital” impulsionou, principalmente nos
anos 1980 e 1990, uma gama de transformações sócio-históricas que
afetam das mais diversas formas a estrutura social. Nestas condições
o sistema capitalista vai buscar várias formas de restabelecer o
padrão de acumulação. Neste sentido é que se insere a implementação
de um amplo processo de reestruturação do capital, com vistas a
recuperar o seu ciclo produtivo, o que afetou fortemente o mundo do
trabalho, promovendo alterações importantes na forma de organização
da classe dos trabalhadores assalariados.
Neste contexto o modelo de produção taylorista/fordista, que vigorou
na grande indústria ao longo do século XX, particularmente a partir
da segunda década, mostra-se em decadência.
Harvey (2002) salienta que a base do método de produção de F. W.
Taylor e Henry Ford era a separação entre gerência, concepção,
controle e execução. O que havia em especial em Ford e que em última
análise distingue o fordismo do taylorismo era o seu reconhecimento
explícito de que produção em massa significava consumo em massa, um
novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política
de controle e gerência do trabalho, em suma, um novo tipo de
sociedade democrática e racionalizada. Em muitos aspectos, as
inovações de Ford eram mera extensão de tendências
bem-estabelecidas, ele fez pouco mais do que racionalizar velhas
tecnologias e uma detalhada divisão do trabalho pré-existente. Ford
lançou as bases de um sistema em que os próprios trabalhadores – até
então vistos como mão-de-obra a ser usada no limite de suas
potencialidades – deveriam ser considerados também como
consumidores.
Assim, em síntese, podemos afirmar que o sistema taylorista/fordista
caracteriza-se pelo: padrão de produção em massa, objetivando
reduzir os custos de produção, bem como ampliar o mercado
consumidor; produção homogeneizada e enormemente verticalizada
obedecendo à uniformidade e padronização, onde o trabalho é
rotinizado, disciplinado e repetitivo; parcelamento das tarefas, o
que conduzirá o trabalho operário à desqualificação.
Antunes acrescenta que:
“Esse padrão produtivo estruturou-se com base no trabalho parcelar e
fragmentado, na decomposição das tarefas, que reduzia a ação
operária a um conjunto repetitivo de atividades (...).
(...) Esse processo produtivo caracterizou-se portanto, pela mescla
da produção em série fordista com o cronômetro taylorista, além da
vigência de uma separação nítida entre elaboração e execução. Para o
capital, tratava-se de apropriar-se do savoir-faire do trabalho,
‘suprimindo’ a dimensão intelectual do trabalho operário, que era
transferida para as esferas da gerência científica. A atividade do
trabalho reduzia-se a uma ação mecânica e repetitiva” (Antunes,2002,
p.37).
mundo passou a presenciar uma crise do sistema de produção
capitalista. Após um período próspero de acumulação de capitais, o
auge do fordismo e do keynesianismo das décadas de 1950 e 1960, o
capital passou a dar sinais de um quadro crítico, que pode ser
observado por alguns elementos como: a tendência decrescente da taxa
de lucro decorrente do excesso de produção; o esgotamento do padrão
de acumulação taylorista/fordista(2) de produção; a desvalorização
do dólar, indicando a falência do acordo de Breeton woods; a crise
do Welfare State ou do “Estado de Bem-Estar Social”; a
intensificação das lutas sociais (com greves, manifestações de rua)
e a crise do petróleo que foi um fator que deu forte impulso a esta
crise.
Esta “crise estrutural do capital” impulsionou, principalmente nos
anos 1980 e 1990, uma gama de transformações sócio-históricas que
afetam das mais diversas formas a estrutura social. Nestas condições
o sistema capitalista vai buscar várias formas de restabelecer o
padrão de acumulação. Neste sentido é que se insere a implementação
de um amplo processo de reestruturação do capital, com vistas a
recuperar o seu ciclo produtivo, o que afetou fortemente o mundo do
trabalho, promovendo alterações importantes na forma de organização
da classe dos trabalhadores assalariados.
Neste contexto o modelo de produção taylorista/fordista, que vigorou
na grande indústria ao longo do século XX, particularmente a partir
da segunda década, mostra-se em decadência.
Harvey (2002) salienta que a base do método de produção de F. W.
Taylor e Henry Ford era a separação entre gerência, concepção,
controle e execução. O que havia em especial em Ford e que em última
análise distingue o fordismo do taylorismo era o seu reconhecimento
explícito de que produção em massa significava consumo em massa, um
novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política
de controle e gerência do trabalho, em suma, um novo tipo de
sociedade democrática e racionalizada. Em muitos aspectos, as
inovações de Ford eram mera extensão de tendências
bem-estabelecidas, ele fez pouco mais do que racionalizar velhas
tecnologias e uma detalhada divisão do trabalho pré-existente. Ford
lançou as bases de um sistema em que os próprios trabalhadores – até
então vistos como mão-de-obra a ser usada no limite de suas
potencialidades – deveriam ser considerados também como
consumidores.
Assim, em síntese, podemos afirmar que o sistema taylorista/fordista
caracteriza-se pelo: padrão de produção em massa, objetivando
reduzir os custos de produção, bem como ampliar o mercado
consumidor; produção homogeneizada e enormemente verticalizada
obedecendo à uniformidade e padronização, onde o trabalho é
rotinizado, disciplinado e repetitivo; parcelamento das tarefas, o
que conduzirá o trabalho operário à desqualificação.
Antunes acrescenta que:
“Esse padrão produtivo estruturou-se com base no trabalho parcelar e
fragmentado, na decomposição das tarefas, que reduzia a ação
operária a um conjunto repetitivo de atividades (...).
(...) Esse processo produtivo caracterizou-se portanto, pela mescla
da produção em série fordista com o cronômetro taylorista, além da
vigência de uma separação nítida entre elaboração e execução. Para o
capital, tratava-se de apropriar-se do savoir-faire do trabalho,
‘suprimindo’ a dimensão intelectual do trabalho operário, que era
transferida para as esferas da gerência científica. A atividade do
trabalho reduzia-se a uma ação mecânica e repetitiva” (Antunes,2002,
p.37).
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