Por que o processo de colonização reflete em uma grande concentração de terras na atualidade
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O processo de colonização brasileiro propiciou e regulamentou a concentração fiduciária que há hoje.
Desde quando foi expedida a Carta Regia de Criação das Capitanias, em por 1502, por D. Manuel, que criava as capitanias hereditárias e nomeava os titulares, o Brasil passou a ter uma alta concentração de terras em nome de poucos donos.
Após as capitanias, a criação das sesmarias, o surgimento do processo explorador de açúcar e de café... tudo isso aliado ao fato de que o Brasil ainda não era um lugar atrativo para muitos portugueses - o que também colaborou a perpetuação da concentração -, garantiu a propriedade de centenas de hectares sob a tutela de privilegiados.
Ao longo dos séculos, as famílias ricas enriqueceram mais, adquiriram mais terras, inclusive a dos pequenos proprietários, com auxílio indireto do poder público, que não produzia lei ou normativo que determinasse a redistribuição de terras - a chamada reforma agrária.
Hoje há a lei de reforma agrária, sob a tutela do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, mas é perceptível a lentidão no processo de desapropriação e repartição das propriedades. Combinado à lentidão do processo as gigantes multinacionais utilizam as terras brasileiras para produzir grãos e carne - o que continua a perpetuar a concentração.