POR FAVOR LEIAM E ME RESPONDAM SÓ A LETRA "A". SÓ FALTA ELA PRA MIM TERMINAR!
OBRIGADA!
Velho Canivete
Já ganhei vários presentes. [...]
Mas acho que, se alguém me forçasse a escolher o melhor presente que já recebi, eu ficaria mesmo com o canivete suíço que meu pai me deu 11 anos atrás. Não é um canivete qualquer: é daqueles gordos, com dezenas de ganchinhos, serrinhas, lâminas. Com caneta, pinça, lupa, tesoura, alicate. Ele ainda veio num estojo de couro, com lápis, pedra de amolar, band-aid, kit de costura, lixa. E um espelhinho acompanhado de um papel com o código morse – sim, para eu me comunicar refletindo a luz do sol em caso de naufrágio, ou terremoto, ou tsunami, sei lá.
O canivete já me salvou de várias [...]. Ele já passou por boas, e isso fica claro quando se mexe nele. As articulações já não são tão suaves, as molas endureceram, muitas peças estão tortas e não encaixam direito. A caneta sumiu, os band-aids suíços acabaram, as agulhas de costura estão com as pontas pretas de tanto serem colocados na chama para esterilizar antes de serem usadas para extrair espinhos. Apesar de ser de aço inox, há marcas de ferrugem por toda parte. Enfim, tudo nele dizia “está na hora de comprar um canivete novo”.
Pois é, hoje em dia existem canivetes espetaculares, até com recursos eletrônicos (lanternas, pen drives e sei lá mais o quê). Aí comecei a lembrar a origem daquelas marquinhas – e cada uma delas me transportou para um lugar diferente. Cada uma era prova de que aquele canivete viveu. De que ele abriu latas, serrou cabos de aço, lixou unhas quebradas, aparou minha barba, arrombou portas, consertou bicicletas, tapou buracos de botas, ajustou óculos. De que ele esteve em todos os cantos do mundo e tomou banho de mar, de óleo de peixe em conserva, de molho de tomate, de vinho vagabundo. E me lembrei de quando ganhei o canivete de presente: eu estava de saída para a minha primeira longa temporada fora de casa – nove meses na estrada de mochila nas costas – e, como meu pai não podia ir comigo, aquele foi o melhor jeito que ele teve de me dizer “quer uma força?”
Fui buscar uma escova de dentes velha e uma lata de querosene e comecei a limpar as entranhas dele. Foram umas duas horas de trabalho, esfregando, desentortando, enxugando. Não dá para dizer que o canivete ficou novo – as marcas continuam lá, e vão continuar sempre. Mas acho que ele está pronto para a próxima.
1. Nesse texto o autor relata fatos que viveu depois de ter ganhado um canivete de presente do pai.
A) QUAL FOI O MOTIVO DO PRESENTE?
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Salvar A Personagem De Varios Desafios O canivete já me salvou de várias [...].
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