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relato pessoal sobre alguma personalidade brasileira, homem ou mulher mínimo 20 linhas
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Resposta:
O ingresso e a permanência das mulheres, principalmente as de classe média, no
mercado de trabalho, ocupando cargos de maior poder e prestígio ocupacional, vem
produzindo transformações profundas no modo como as mulheres são representadas,
pois os cargos de poder e prestígio são permeados por pressupostos que designam
características, tidas como masculinas, às mulheres que assumem estas funções.
Partimos do pressuposto que as construções discursivas sobre tais mulheres interferem
no modo como elas definem, entendem e veem o mundo, bem como intervêm na forma
como elas constroem suas identidades, nós questionamos que significados essas
mulheres representam sobre a atuação de mulheres em cargos de poder e prestígio e das
suas próprias atuações enquanto pertencentes a este grupo. A literatura informa que o
mundo do trabalho é sexista, havendo várias tensões que compõem este campo.
Elencaremos inicialmente a divisão sexual e social do trabalho e a ordem patriarcal que
trouxeram consequências para as funções masculinas e femininas no que diz respeito à
distribuição do poder até hoje. Em seguida abordaremos a luta dos movimentos
feministas que apontaram as desigualdades de gênero, questionando e politizando a
relação entre público e privado. Posteriormente abordaremos a relação entre o trabalho
feminino e a identidade. Neste contexto, desenvolvemos pesquisa cujo objetivo geral foi
o de analisar os discursos de mulheres que ocupam cargos de poder e prestígio sobre
suas trajetórias no mundo do trabalho. De forma específica, visamos identificar e
analisar os atributos, apresentados por essas mulheres como responsáveis pelo
desenvolvimento de suas carreiras, procurando observar a presença de atributos
tradicionalmente vistos como próprios do mundo masculino, bem como identificar as
dificuldades na carreira, relatadas por essas mulheres, e se elas associam essas
dificuldades à questão de gênero. Para tanto, escolhemos trabalhar com mulheres que
desenvolvem cargos de poder e prestígio em áreas profissionais diversas, que residem
no Recife (PE), realizando entrevistas semiestruturadas com treze mulheres, com idades
que variam entre trinta e dois e setenta anos. Norteamo-nos neste trabalho, pela
perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, na qual a linguagem
não é considerada apenas como um instrumento de comunicação, mas como um
poderoso instrumento de construção da realidade. As falas analisadas evidenciam a
presença recorrente de representações das mulheres em que elas são apresentadas como
pessoas que são essencialmente sensíveis, éticas e solidárias, embora maneiras
alternativas de descrevê-las também tenham sido observadas. Diante do exposto,
observou-se que, apesar do grande avanço no que tange ao reconhecimento social da
capacidade intelectual e da qualificação profissional das mulheres, os estereótipos que
reproduzem a desigualdade não desapareceram por completo. Há, nos relatos das
entrevistadas, sinais dessas discriminações citadas de forma aberta ou sutil.
Explicação: