Filosofia, perguntado por elizabetth1098, 5 meses atrás

pesquise sobre a importância das traduções árabes da filosofia de Aristóteles e outros gregos para a retomada do pensamento do pensamento grego na Idade Média

É URGENTE PRECISO PRA QUINTA AGORA (10/06)!!!!!!!​

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Respondido por jamillybenvindp97f8w
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Na antiguidade europeia, os filósofos em grande parte escreveram em grego. Mesmo depois da conquista romana do Mediterrâneo e a cessão do paganismo, a filosofia foi fortemente associada à cultura helênica. Os principais pensadores do mundo romano, tais como Cícero e Sêneca , eram embebidos de literatura helênica; Cícero inclusive foi a Atenas para prestar homenagem à casa de seus heróis filosóficos. Ditosamente o Imperador Marco Aurélio foi tão longe quanto escrever suas Meditações em grego. Cícero, e depois Boécio , tentaram iniciar uma tradição filosófica em latim. Porém nas antigas Idades Médias, a maioria do pensamento grego era acessível em latim somente parcial ou indiretamente. Alhures, a situação era melhor. Na parte leste do Império Romano, os grego-falantes bizantinos podiam continuar a ler Platão e Aristóteles no original. E os filósofos do mundo islâmico desfrutavam de um extraordinário grau de acesso à herança intelectual helênica. Em Bagdá do século X, leitores árabes tinham o mesmo grau de acesso a Aristóteles quanto os leitores em inglês na atualidade
Isto foi graças a um muito bem remunerado movimento de tradução que se revelou durante o califado abássida , começando na segunda metade do século VIII. Patrocinado por altos níveis, até mesmo pelo Califa e sua família, este movimento objetivou importar a filosofia e a ciência grega para a cultura islâmica. O império deles tinha recursos para tal, não só financeiramente, mas culturalmente também. Desde a antiguidade tardia até a ascensão do Islã, o grego sobreviveu tal como língua de atividade intelectual entre cristãos, especialmente na Síria. Então quando a aristocracia muçulmana decidiu ter a ciência e a filosofia gregas traduzidas para o árabe, foi para os cristãos que eles se voltaram. Algumas vezes, um trabalho em grego poderia ser traduzido antes para o siríaco e só depois para o árabe. Foi um imenso desafio. O grego não é uma língua semítica, então eles se movimentavam de um grupo linguístico para outro, tal como traduzir do finlandês para o inglês. E não existia, no início, qualquer terminologia para expressar ideias filosóficas em árabe.
O que levaria a classe política abássida a sustentar este enorme e difícil empreendimento? Parte da explanação é sem dúvida a pura utilidade do corpus científico: texto-chave em disciplinas tais como engenharia e medicina tinham obviamente aplicações práticas. Só que isto não nos diz por que os tradutores eram regiamente pagos para traduzir, por exemplo, a Metafísica de Aristóteles ou a Enêida de Plotino para o árabe. Pesquisas pelos principais eruditos do movimento da tradução grego-árabe, especialmente Dimitri Gutas em Greek Thought, Arabic Culture (1998), sugere que os motivos eram de fato profundamente políticos. Os califas queriam estabelecer sua própria hegemonia cultural, em competição com a cultura persa e também com a dos vizinhos bizantinos . Os abássidas queriam mostrar que eles podiam dar continuidade à cultura helênica melhor que os bizantinos grego-falantes, ignorantes como eles eram pela irracionalidade da teologia cristã.

elizabetth1098: moça, ainda nao encontrei a importânciapesquise sobre a importância das traduções árabes ;-;
jamillybenvindp97f8w: Por meio delas, os povos ibéricos obtiveram conhecimentos de técnicas desconhecidas até o momento(como a produção de pólvora); o entendimento dos números arábicos; conhecimento do papel, da cartografia, etc.
elizabetth1098: agora sim. muito obrigada
jamillybenvindp97f8w: Nada.
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