Pesquise e elabore um pequeno texto sobre a vida e a obra de Candido Portinari
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portinari, um artista controverso.
(1903-1957)
portinari pagou caro por se ligar ao estado novo, aceitar suas numerosas encomendas, tornar se produto de exportação e emblema do país. teria estado empenhado na grandeficaçao do governo que o apadrinhou e do 'homem brasileiro' dentro daquela estratégia nacionalista e populista que acompanha os totalitarismo. por sucesso e dinheiro teria traído seus ideais esquerdistas servindo a um regime de direita. chamado aqui e ali de 'pintor oficial' passou a ser tratado quase como um oportunista. claro o estado novo torturou e liquidou comunistas,promovia desfiles em estádios ao som de portentosos orfeoes [...] e entregou Olga binário mulher de prestes, judia e grávida para a morte certa na Alemanha. mas ao mesmo tempo não hesitava em utilizar a esquerda quando e onde lhe convinha, algo impensável no verdadeiro fascismo e no nazismo. nas singulares alianças de Getúlio com a modernidade de arquitetos,poetas e pintores, parece me que, se oportunismo houve, foi do astuto ditador[...]. a questão do engajamento em arte não está em moda, num planeta que só fala de globalização e no qual nos comunicamos por email através de milhares de quilômetros no espaço. a demais não me parece que a arte possa fazer a revolução: pode quando muito contribuir (modestamente) para as tomadas de consciência individuais ou coletivas que a preparam. por outro lado toda arte é engajada não com ideologias específicas mas com a causa do humanismo. o projeto de portinari fundamentalmente humanista e perfeitamente cobivel em seu momento era como se sabe fazer denúncia social representando na pintura a pobreza do país e suas agruras. acontece que desde o final dos anos 30 esse projeto e o interesse do estado, em determinada medida confluem. se o artista quer falar de sua gente também o governo quer ver seu povo nas paredes dos museus e em mostras no exterior. aproveitando seu patrocínio, portinari não pintava a revoluçao vitoriosa e sim o povo miserável e sofrido. reside aí a chave para a 'absolvição ' de portinari: foi ele que usou o estado novo, não o contrário. dizer que portinari foi pintor oficial é simplesmente nao ter olhado e visto e lido a mais importantes das encomendas que recebeu: os 12 murais sobre os ciclos econômicos. mostram trabalhadores em algum instante da labuta carregando sacos de café,a de fumando rolos de borracha ,garimpando no rio, fundindo minério,descascando cacau. o tom é grave, o colorido, baixo,severo,predominando ocres e matrona. nenhuma triunfalismo. olhares são desconcertados e tristonhos. aqui o trabalho não enobrece é penoso.
Esse brasileiro nada tem a ver com o herói das murais grandiloquentes de Diego Rivera e orozco [moralistas mexicanos ]muito menos com o herói ariano dos delírios hitlerista. é um indivíduo derrotado pela vida. faz parte do universo dos desvalidos.
uma de suas obras foi o ciclos econômicos,1938. que foi executada para decorar o salão de audiências do palácio Gustavo capanema, na cidade do Rio de janeiro.
(1903-1957)
portinari pagou caro por se ligar ao estado novo, aceitar suas numerosas encomendas, tornar se produto de exportação e emblema do país. teria estado empenhado na grandeficaçao do governo que o apadrinhou e do 'homem brasileiro' dentro daquela estratégia nacionalista e populista que acompanha os totalitarismo. por sucesso e dinheiro teria traído seus ideais esquerdistas servindo a um regime de direita. chamado aqui e ali de 'pintor oficial' passou a ser tratado quase como um oportunista. claro o estado novo torturou e liquidou comunistas,promovia desfiles em estádios ao som de portentosos orfeoes [...] e entregou Olga binário mulher de prestes, judia e grávida para a morte certa na Alemanha. mas ao mesmo tempo não hesitava em utilizar a esquerda quando e onde lhe convinha, algo impensável no verdadeiro fascismo e no nazismo. nas singulares alianças de Getúlio com a modernidade de arquitetos,poetas e pintores, parece me que, se oportunismo houve, foi do astuto ditador[...]. a questão do engajamento em arte não está em moda, num planeta que só fala de globalização e no qual nos comunicamos por email através de milhares de quilômetros no espaço. a demais não me parece que a arte possa fazer a revolução: pode quando muito contribuir (modestamente) para as tomadas de consciência individuais ou coletivas que a preparam. por outro lado toda arte é engajada não com ideologias específicas mas com a causa do humanismo. o projeto de portinari fundamentalmente humanista e perfeitamente cobivel em seu momento era como se sabe fazer denúncia social representando na pintura a pobreza do país e suas agruras. acontece que desde o final dos anos 30 esse projeto e o interesse do estado, em determinada medida confluem. se o artista quer falar de sua gente também o governo quer ver seu povo nas paredes dos museus e em mostras no exterior. aproveitando seu patrocínio, portinari não pintava a revoluçao vitoriosa e sim o povo miserável e sofrido. reside aí a chave para a 'absolvição ' de portinari: foi ele que usou o estado novo, não o contrário. dizer que portinari foi pintor oficial é simplesmente nao ter olhado e visto e lido a mais importantes das encomendas que recebeu: os 12 murais sobre os ciclos econômicos. mostram trabalhadores em algum instante da labuta carregando sacos de café,a de fumando rolos de borracha ,garimpando no rio, fundindo minério,descascando cacau. o tom é grave, o colorido, baixo,severo,predominando ocres e matrona. nenhuma triunfalismo. olhares são desconcertados e tristonhos. aqui o trabalho não enobrece é penoso.
Esse brasileiro nada tem a ver com o herói das murais grandiloquentes de Diego Rivera e orozco [moralistas mexicanos ]muito menos com o herói ariano dos delírios hitlerista. é um indivíduo derrotado pela vida. faz parte do universo dos desvalidos.
uma de suas obras foi o ciclos econômicos,1938. que foi executada para decorar o salão de audiências do palácio Gustavo capanema, na cidade do Rio de janeiro.
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