(Pergunta própria)
Na base da curiosidade, comecei a procurar sobre a escravidão. Assiste diversos filmes e tirei a conclusão de que....
Não consigo entender o porque das pessoas que sofriam na escravidão lutarem tanto pela vida, enquando as pessoas de hoje em dia, se aborrecem por qualquer coisa e se matam por (comparadas com a escravidão) míseros acontecimentos.
Claro que nenhuma dor diminui a outra, mas, alguém pode me explicar?
Soluções para a tarefa
Realmente essa geração reclama de mais mesmo sabendo que oque está sofrendo é menos de um terço do que os "escravos" sofreram antigamente
Oie
Não sei seu ponto de vista foi de modo geral ou se foi parcial, mas ok. Parcialmente, as pessoas que estavam na escravidão eram, sobretudo, os afro-brasileiros. Eles eram humilhados e considerados mercadoria, que, em caso de necessidade, podia ser vendida, alugada, doada e leiloada.
Os escravos eram separados das suas tribos para não se comunicarem entre si e evitar possíveis fugas, mas, mesmo assim, os escravos não se submetiam passivamente à condição que lhe foi imposta. Por isso as lutas, resistências e fugas foram meios que utilizavam para não aceitar aquilo que lhe foi imposta.
Ademais, as revoltas sempre estiveram presentes durante o longo período da escravidão. Dessa forma, surgiram os quilombos que eram formados por escravos que fugiam das mãos dos seus senhores e tinha função de reconstituir e retratar uma cultura perdida... Os afro-brasileiros sofriam vários castigos, um deles - eram feitos publicamente nos pelourinhos. Onde eram presos e chicoteados - o chicote abria estrias de sangue no dorso nu do negro escravo que ficava à execração pública[...]
Contudo, a abolição da escravidão no Brasil, ocorreu em 1888, através da assinatura da famosa Lei Áurea, pelas mãos da princesa Isabel. A lei Foi um pouco ambígua e equivocada para muitos, porque só libertou os negros, mas não incorporou o negro na sociedade brasileira, mantendo as desigualdades.
Por esse motivo, enquanto que os filhos de senhores de engenhos iam estudar nas melhores escolas, as criança negra enfrentava sua condição e precisava começar a trabalhar cedo. Os afro-brasileiros passavam fome com caldo ralo de feijão, então, para enriquecer um pouco a mistura, eles aproveitavam as partes do porco que os senhores desprezavam: língua, rabo, pés e orelhas. Foi assim que, de acordo com a tradição, surgiu a feijoada.
Agora vou tentar responder o seu ponto de vista:
...o porquê das pessoas que sofriam na escravidão lutarem tanto pela vida, enquanto que as pessoas de hoje em dia, se aborrecem por qualquer coisa e se matam por (comparadas com a escravidão) míseros acontecimentos.
Todo negro sofre preconceito pelos míseros acontecimentos do passado, somos humilhados em publico, somos confundidos por assaltantes ou drogados na rua. Somos espancados por nenhum motivo, sofremos xingamentos...
Não nos veem como uma pessoa que estudou bastante para passar em medicina, mas a cena muita das vezes é assim: Um jovem negro de escola publica passe em medicina, logo vem aquele ranço preconceituoso: passou por cotas raciais.
Não sei se você estudou ou leu sobre o Apartheid, um regime de separação racial entre brancos e negros. Nesse regime os negros não podiam nem sequer frequentar os mesmos lugares dos brancos, isso refletiu muito sobre o futuro dos negros na sociedade. Empregados não podiam usar o mesmo banheiro que seus patrões, caso usassem eram demitidos.
Você não entende talvez, porque não sofre os preconceitos a nível racial...Não vivencia todos os dias o preconceito na pele. Tenha empatia e você vai entender. Voce disse que: ... se aborrecem por qualquer coisa e se matam por (comparadas com a escravidão) míseros acontecimentos. Ninguém se mata por qualquer coisa, ninguém morre por qualquer motivo. Sempre há um porquê. A forma que me deu a entender dessa frase é que você precisa trabalhar bastante sua empatia.
Ser comparado com à escravidão atualmente, é lembrar daquele passado árduo e tenebroso.
Acho que é isso, Boa sorte