Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto, E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim. Passei pela minha vida Um astro doido a sonhar. Na ânsia de ultrapassar, Nem dei pela minha vida... Para mim é sempre ontem, Não tenho amanhã nem hoje: O tempo que aos outros foge Cai sobre mim feito ontem. (O Domingo de Paris Lembra-me o desaparecido Que sentia comovido Os Domingos de Paris: Porque um domingo é família, É bem-estar, é singeleza, E os que olham a beleza Não têm bem-estar nem família). Não sinto o espaço que encerro Nem as linhas que projeto: Se me olho a um espelho, erro - Não me acho no que projeto. Esse poema de Mário de Sá-Carneiro pode ser comparado ao poema de Leo Cunha que você leu no início deste capítulo. O que acontece com o eu lírico de ambos os textos?
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Resposta:
O eu lírico é bastante saudosista, tem um apego emocional ao passado, as coisas que ele lembra com carinho, de modo que seu presente fica sempre esquecido, porque ele está sempre a olhar para o passado.
Explicação:
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Resposta:
Ele tem um apego emocional com o passado, não consegue se prega no presente, não consegue esquecer as lembranças que o passado trás consigo. Por isso, ele esta sempre viajando no passado, ao invés de se pregar ao presente.
Por isso, ele esta sempre viajando no passado, ao invés de se pregar ao presente.
Espero ter ajudado!
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