Para os que virão Como sei pouco, e sou pouco, faço o pouco que me cabe me dando inteiro. Sabendo que não vou ver o homem que quero ser. Já sofri o suficiente para não enganar a ninguém: principalmente aos que sofrem na própria vida, a garra da opressão, e nem sabem. Não tenho o sol escondido no meu bolso de palavras. Sou simplesmente um homem para quem já a primeira e desolada pessoa do singular – foi deixando, devagar, sofridamente de ser, para transformar-se – muito mais sofridamente – na primeira e profunda pessoa do plural. Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar. É tempo sobretudo de deixar de ser apenas a solitária vanguarda de nós mesmos. Se trata de ir ao encontro. (Dura no peito, arde a límpida verdade dos nossos erros.) Se trata de abrir o rumo. Os que virão, serão povo, e saber serão, lutando. O texto anterior exemplifica a poesia de Thiago de Mello, escritor amazonense cuja obra, de forte conotação social, encontra-se definitivamente inserida no acervo da literatura brasileira. Os versos de "Para os que virão" se produzem com expressiva presença do conotativo e constroem um sentido básico objetivado pelo seu produtor, que se expressa como a) impossibilidade de traduzir corretamente, com palavras, os sentimentos. b) afirmação do individualismo, preocupação maior com o ego. c) crítica à falsidade de quem parece defender a solidariedade. d) exaltação do valor das ações coletivas em prol das causas populares. e) autocrítica, com relação aos erros cometidos no trato com os semelhantes.
Soluções para a tarefa
d) exaltação do valor das ações coletivas em prol das causas populares.
A justificativa para a reposta esta no trecho do texto a seguir: “Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar” . Amar aí significa amar o proximo, ou seja, se dedicar a cuidar do outro, quem vai no mesmo rumo, seriam uma citacao as causas populares.
Vejamos mais a respeito de Thiago de Mello:
Thiago de Mello, nasceu no estado do Amazonas, sendo o poeta mais representativo daquela regiao.
Seu primeiro livro publicado foi Silêncio e Palavra, em 1951. Seus livros foram ja traduzidos em diversos idiomas.
O autor em seus textos e em seu ativismo social, sempre defendeu a regiao Amazonica e exaltou a floresta como sendo uma reserva ecologica primordial para toda a humanidade - um tema tao atual.