Para María, a expressão "não chegar ao fim do mês" ainda não é precisa. “Não estamos nem no dia 10 e já não dá mais”, diz, sem perder o sorriso. Em sua casa, os 900 euros (3.440 reais) que seu marido ganha como motorista e o pouco que ela consegue tirar ao dar uma mão em um bar saem tão rápido quanto entram. Só para o aluguel já são 750 euros. Esta cubana de 30 anos está entre os milhões de imigrantes que chegaram à Espanha no boom da construção e que mais tarde acabaram pagando pelos excessos daqueles dias. Desde então, sofrem com empregos precários e mal pagos. Seu perfil se encaixa perfeitamente com um fenômeno que, apesar de não ser novo, tem crescido em decorrência da crise: o dos trabalhadores pobres.
As estatísticas europeias mostram que este é um problema em alta em todo o continente, mas especialmente grave na Espanha, país que serviu de inspiração para a nova legislação trabalhista brasileira que entrou em vigor no sábado. Entre os espanhóis, 13,1% dos trabalhadores vivem em lares que não alcançam 60% da renda média. Só Romênia e Grécia têm números piores nesse triste indicador. E o risco de pobreza ameaça ainda mais os espanhóis que têm um contrato de trabalho parcial: neste grupo, a taxa dispara para 24,3%. (DONCEL, 2017)
A notícia citada remete ao contexto espanhol pós-eclosão da crise mundial (2007-2008) que, nesse país, manifestou-se sobretudo pela crise no mercado imobiliário. Esse contexto de crise na Espanha permite traçar paralelos com a atual situação no Brasil. Nesse sentido, qual das alternativas a seguir é verdadeira?
a) A crise imobiliária, como na Espanha, é o principal produtor de pobreza no Brasil após 2014.
b) A situação trabalhista de María é uma exceção no contexto espanhol pós-eclosão da crise (2007-2008) e também no Brasil (após 2014).
c) O fenômeno dos trabalhadores pobres (working poor) é equivalente ao desemprego e não é relevante no contexto da Espanha e do Brasil do início do século XXI.
d) A flexibilização do mercado de trabalho na Espanha e no Brasil, com aumento de trabalhos temporários e terceirizados, significou a erradicação da pobreza nesses dois países nos últimos dois anos.
e) O fenômeno dos trabalhadores pobres retrata uma situação de trabalho, porém muito precário e mal-remunerado, que não resolve o problema do aumento da pobreza na Espanha e no Brasil.
gessicamacedogomes:
e) O fenômeno dos trabalhadores pobres retrata uma situação de trabalho, porém muito precário e mal-remunerado, que não resolve o problema do aumento da pobreza na Espanha e no Brasil.
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