Português, perguntado por moniquepereira12311, 9 meses atrás

oq acha da questão do racismo em nossa sociedade? ​

Soluções para a tarefa

Respondido por luizavrosa
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Explicação:

Racismo reverso

A discussão sobre o racismo reverso é bem recente e, durante um tempo, tomou conta dos espaços midiáticos e das redes sociais. Afinal, existe o que se chama de racismo inverso ou racismo reverso? Para esclarecer o assunto, podemos definir o racismo inverso como uma forma de preconceito ou injúria de motivação racial proferida contra uma pessoa branca ou de um negro para um branco.

É preciso levar em consideração que o racismo, para que seja constatado, deve ir muito além das ofensas verbais. Trata-se da ofensa, da violência e do preconceito aliados a um histórico social de exclusão e marginalização, ou seja, foi necessário que os negros fossem sistematicamente discriminados, excluídos e maltratados para que atitudes de preconceitos contra a população negra fossem consideradas racistas. Isso significa pensar que devemos enxergar as relações de poder: o racismo ocorre contra a classe historicamente oprimida e nunca contra a classe que sempre foi dominante e opressora.

Para chegarmos à formulação atual do que vem a ser o racismo, houve muito sofrimento, escravização e objetificação do povo negro, o que tende a indicá-lo como uma minoria social, que, durante muito tempo, deteve menor força nas relações de poder. Isso significa que não é possível falar de racismo inverso na medida em que não houve, até então, ao menos no Ocidente moderno, qualquer indício de subjugação, escravização e marginalização dos povos brancos.

Racismo na escola

A escola, como parte integrante da sociedade, não está livre do racismo, tanto estrutural quanto explícito. São frequentes os casos de racismo dentro de instituições educacionais. Com o advento das redes sociais, do amparo da lei e de entidades de luta contra o racismo, os casos de preconceito e injúria racial nas escolas têm sido cada vez mais denunciados, e os responsáveis, quando comprovado o crime, punidos, criminal ou institucionalmente.

O Portal Geledés, site voltado para a luta contra o preconceito e a discriminação racial e de gênero, é uma boa fonte de informações sobre o racismo e a luta contra o preconceito racial. Com uma pesquisa rápida na plataforma, é possível encontrar dezenas de casos de racismo ocorridos em escolas e universidades. Um caso que chama atenção pelo conteúdo das falas é o que está exposto a seguir:

Professora e aluna da Universidade Regional de Blumenau (FURB) registram BO por injúria racial1

“Aluna de Biologia obteve a melhor nota da turma em uma determinada disciplina. Ao saber, um colega teria afirmado: 'não é possível que esta preta tenha tirado a maior nota da sala'. O fato teria sido testemunhado por colegas.”

“Já o caso da professora começou no primeiro semestre. Ela descobriu plágio no trabalho de um determinado aluno e mandou ele refazer. Neste semestre, ele não se matriculou na disciplina dela e teria falado para colegas: 'essa negra não merece ser professora'.”

Casos de racismo

Nos últimos anos, casos de racismo ganharam notoriedade nacional por envolverem pessoas famosas ou terem viralizado nas redes sociais. Alguns casos que tomaram grande proporção no Brasil estão relatados em matéria de 2015, da revista Exame, intitulada 5 casos de racismo que chocaram o Brasil. Levantamos três casos, sendo dois da matéria mencionada acima:

Ofensas proferidas contra o goleiro Aranha, do Santos, em um jogo contra o Grêmio na Copa do Brasil. Torcedores do Grêmio chamaram o jogador de “macaco”.

Chissomo “Titi” Ewbank Gagliasso, filha do casal de atores Giovanna Ewbank e de Bruno Gagliasso, nascida no Malawi, foi hostilizada por comentários racistas nas redes sociais e em vídeos. O pai e a mãe da menina tomaram medidas legais contra o caso.

Garoto negro e filho adotivo de um norte-americano que vive no Brasil foi proibido de ficar na calçada de uma loja de grife onde o pai estaria fazendo compras. Sem saber que se tratava do filho de cliente, uma funcionária da loja disse ao menino que ele não poderia ficar lá.

Infelizmente, ainda existe racismo. Casos que ganham notoriedade estão tornando-se comuns, mas muitos casos continuam anônimos. É preciso lutar para colocar um fim definitivo nessa prática criminosa que vitima muitas pessoas no Brasil e no mundo todos os dias

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