O volante, o lobo do homem
Egoísmo, irresponsabilidade e traços mais do que meramente vestigiais de irracionalidade: essas são as únicas explicações para tentar justificar o que leva uma pessoa que consome bebida alcoólica a dirigir e pôr em risco a sua e tantas outras vidas. A Lei Seca, que recentemente foi implantada no Brasil, tem o intuito de coibir a associação de álcool e direção, e de reduzir o número de mortes causadas por essa associação. Apesar de já mostrar alguns resultados, a lei demanda maior fiscalização, pois é preciso eliminar a atual certeza de impunidade que há no país.
Thomas Hobbes, filósofo inglês, dizia que o estado de natureza humano é um risco à sobrevivência da própria espécie, e que instituições que regulamentem o comportamento e a ação do homem são essenciais para evitar o caos e a extinção da humanidade. A Lei Seca é uma dessas instituições. Mesmo cientes de que o álcool como droga neurodepressora altera a capacidade de raciocínio, reflexo e coordenação motora, muitos motoristas, por comodidade ou por falta de responsabilidade, não demonstram o mínimo apreço ou zelo pela vida quando decidem dirigir após ter ingerido bebida alcoólica.
Apesar de já implantada, a Lei Seca ainda não atingiu seu potencial. É preciso que haja um compartilhamento de responsabilidades entre Estado e sociedade para que os objetivos dessa lei sejam alcançados com maior eficácia. O Estado precisa destinar mais verbas à fiscalização, colocar mais policiais equipados com etilômetros nas vias para que os transgressores da lei sejam devidamente punidos. Também fazem-se necessários investimentos em palestras públicas que mostrem a realidade e o sofrimento de famílias que perderam entes em acidentes relacionados ao uso do álcool, e os sobreviventes cujas sequelas trouxeram dificuldades crônicas para suas vidas. A educação no trânsito deveria ser inserida na grade curricular obrigatória das escolas para que crianças e adolescentes tenham contato e consciência das responsabilidades as quais é preciso ter como motorista, passageiro, ciclista ou pedestre.
Como dizia Hobbes, “o homem é o lobo do homem”. Portanto, a Lei Seca é um mecanismo essencial para que o homem não se torne, ao mesmo tempo, predador e presa da sua própria espécie.
Perguntas:
Para promover a coesão do texto, a autora usou adequadamente palavras que articulam suas idéias.
A) Qual é a função da expressão "apesar de":
· no 1° parágrafo?
· no 3° parágrafo?
B) Qual é a função da palavra "também" no 3° parágrafo?
C) Qual é a função da palavra "portanto" no último parágrafo?
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A) Qual é a função da expressão "apesar de":
· no 1° parágrafo?
*Que além de mostrar alguns resultados, a lei demanda maior fiscalização* (Subordinativa concessiva que quer dizer: embora, mesmo que.)
· no 3° parágrafo?
QUE ALÉM DE JÁ IMPLANTADA, A LEI SECA AINDA NÃO ATINGIU O SEU POTENCIAL....DANDO A MESMA IDÉIA DE ORAÇÃO SUBORDINADA CONCESSIVA
B) Qual é a função da palavra "também" no 3° parágrafo?
DAR UMA IDÉIA DE ( INCLUSÃO) " DA MESMA FORMA"
C) Qual é a função da palavra "portanto" no último parágrafo?
FUNÇÃO DE CONCLUSÃO DO RACIOCÍNIO EXPLÍCITADO NA ORAÇÃO ANTERIOR
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