o que tornou-se a Suíça
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Resposta:
A Suíça teve origem como um país de mercenários. E nada pacífico.
Basta ver, por exemplo, dos castelos da região de Bellinzona. Essas fortificações tiveram papel proeminente em batalhas medievais entre milaneses, franceses e a então jovem Confederação Helvética (o nome mais pomposo da Suíça). O prêmio? Controlar a passagem pelos Alpes.
"Mas os efeitos da neutralidade estão em toda parte", diz Clive Church, professor de Estudos Europeus da Universidade de Kent, no Reino Unido, e autor de diversos livros sobre história política do país.
O governo suíço define sua neutralidade publicamente, incluindo em seu site oficial. As regras são básicas: além de não entrar em guerras, o país não pode permitir que nações em conflito usem seu território e tampouco deve fornecer mercenários para outros países.
A última regra é claramente uma alusão à reputação do passado: na Idade Média, a Suíça era boa em ganhar guerras. E fez disso um negócio.
A Confederação Helvética tinha dificuldades econômicas - seu terreno montanhoso não permitia a agricultura em larga escala e o país não tinha acesso ao mar, o que futuramente impediria também a conquista de colônias. Apesar do acordo com a França, havia um problema para a Suíça escolher lado - todas as potências europeias estavam de olho na posição geográfica estratégica do país como entrada para os Alpes.
Sendo assim, no século 19, quando o Congresso de Viena (1814-15) buscou apaziguar os ânimos após a Guerra Revolucionária Francesa - durante a qual, por sinal, soldados suíços serviram de guarda-costas para a monarquia francesa - a Suíça propôs uma solução para gregos e troianos: a neutralidade.
Desde então, o país tem sido o Estado neutro que conhecemos. Em Genebra, o Museu da Cruz Vermelha explica o grande passo seguinte nessa política: o compromisso com questões humanitárias.
Desde 1848, a Confederação Suíça tem sido um estado federal de cantões relativamente independentes, alguns dos quais tem permanecido confederados desde mais de sete séculos, podendo considerar-se uma das repúblicas mais antigas do mundo.