O que saop derrivaçoes irregulares?
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Na área da formação de palavras, verificamos que existem lacunas e
preferências que são permitidas e impostas pela língua. Isto é, uma
formação possível segundo um determinado modelo pode ser inaceitável na
norma da língua. Por exemplo, no caso dos verbos factitivos em -tar, é possível a formação de substantivos em -ção (ornamentar-ornamentação; fragmentar-fragmentação; sedimentar-sedimentação), mas em aumentar atormentar ou comentar,
já não é possível aplicar tal processo. Isto para dizer que há certos
fa{#c|}tos na formação de palavras que escapam a qualquer previsão ou
regularidade. Veja-se por exemplo o caso da formação de adje{#c|}tivos a
partir de nomes de pessoas: quixotesco (de Quixote) ou cidesco (de Cid). Porém, se tentarmos fazer o mesmo exercício com Soares («governo *soaresco»), Gonçalves («período *gonçalvesco») ou Salazar («época *salazaresca»), verificamos que estamos perante uma impossibilidade, optando preferencialmente o português pelo afixo -ista ou, no que se refere a Salazar, também por -ento. Nesta linha de raciocínio, podemos ainda olhar para o caso dos aumentativos irregulares homenzarrão (de homem), canzarrão (de cão), chapeirão (de chapéu) ou ainda simplacheirão (de simples).
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