História, perguntado por tainarasantos9ow568z, 9 meses atrás

o que aconteceu no governo de Jânio Quadros

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Respondido por janainapatriciajp717
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Jânio da Silva Quadros foi eleito presidente do Brasil, através do voto direito, nas eleições presidenciais de 1960. Jânio, que já havia sido vereador, prefeito e governador do estado de São Paulo, fez uma campanha eleitoral baseada na identificação com as massas. Passou a ideia de um cidadão simples (homem do povo) que tinha como objetivo moralizar o país. Como símbolo da campanha usou uma vassoura, pois dizia que ia varrer tudo que havia de errado no Brasil (principalmente a corrupção).

 

Jânio afirmava também, durante a campanha, que não tinha vínculo com os políticos tradicionais e com as forças poderosas do país. Faria, se fosse eleito, um governo voltado para os interesses populares. Apostou mais na imagem do que no conteúdo, já que não explicava a maneira pela qual iria resolver os principais problemas nacionais.

 

A campanha foi bem-sucedida e Jânio venceu as eleições de 1960 com cerca de seis milhões de votos.

 

Governo Jânio Quadros


Jânio governou apenas sete meses, pois renunciou em 25 de agosto de 1961. Durante este breve período, tomou medidas polêmicas de pouca importância, sofreu duras críticas e não conseguiu estabelecer uma relação harmônica com o Congresso Nacional.

 

Economia


Sem um projeto eficiente para resolver os principais problemas econômicos do país, Jânio viu sua popularidade cair em função do aumento da crise econômica, caracterizada pelo crescimento da dívida externa e da inflação (heranças do governo JK).

 

As medidas econômicas tomadas por seu governo surtiram pouco efeito.

 

Política interna


Jânio buscou afastar-se das tradicionais forças políticas do país. Acredita que assim teria mais liberdade para governar, pois não teria compromissos com partidos políticos. Desta forma, as negociações com o Congresso Nacional ficaram difíceis e, muitas vezes, conflituosas.

 

Principais medidas polêmicas tomadas por Jânio:


- Proibição das brigas de galo.

 

- Proibição do uso de biquínis nas praias.

 

- Proibição do lança-perfume.

 

Política externa


Na área externa, Jânio procurou romper com a dependência dos Estados Unidos. Aproximou-se dos movimentos nacionalistas e de esquerda.

 

- Buscou reaproximar diplomaticamente o Brasil da União Soviética (país socialista).

 

- Enviou o vice-presidente, João Goulart, em missão oficial para a China (país que seguia o socialismo).

 

- Criticou a política dos Estados Unidos com relação a Cuba.

 

- Condecorou, com a ordem do Cruzeiro do Sul, Che Guevara (uma das principais figuras revolucionárias comunistas do período).

 

Esta política externa desagradou muito os setores conservadores da sociedade brasileira, os políticos de direita e também as Forças Armadas do Brasil.

 

Renúncia


Com baixa popularidade, enfrentando uma crise econômica, sem apoio de grande parte do legislativo e com o descontentamento dos militares, o governo Jânio Quadros entrou em colapso sete meses após seu início. Em 25 de agosto de 1961, Jânio enviou uma carta ao Congresso Nacional comunicando sua renúncia. Deu poucas explicações dos motivos, falando apenas que havia “forças terríveis” contra ele.

Respondido por Danny20006
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Resposta:

  Jânio Quadros  e  João Goulart

         Conforme o governo de JK se findava, iniciava-se uma nova corrida de disputa presidencial para as eleições que ocorreriam em 1960. Os principais personagens desta disputa foram o professor e advogado Jânio da Silva Quadros (PTN – Partido Trabalhista Nacional), Ademar de Barros (PSP – Partido Social Progressista) e o Marechal Teixeira Lott com João Goulart como vice (PSD-PTB - Partido Social Democrático e Partido Trabalhista Brasileiro). Contando com uma postura popular e fortemente moralista, Jânio comparecia a comícios com roupas simples e até mesmo amarrotada, cabelo despenteado e sanduíches de mortadela nos bolsos. Sua postura carismática, seu português formal e sua típica vassoura ‘’para varrer a corrupção’’ lhe garantiram a vitória com cerca de 48% dos votos. No entanto, como na época era costume que o vice-presidente fosse eleito separado do titular, João Goulart, adversário político de Jânio, foi eleito como vice.  

         O governo de Jânio foi marcado por instabilidade, decisões duvidosas e pouco produtivas. Jânio era conhecido por sua postura rígida no governo e por ser autoritário com ministros. Chegou a proibir o uso de biquínis nas praias e as brigas de galo tão comuns na época. Sua política econômica se mostrou ineficiente o que gerou aumento de preços e congelamento de salários e após enfrentar grande oposição e acusações de proximidade aos regimes comunistas, Jânio renunciou ao cargo sete meses depois. O historiador Boris Fausto menciona que Jânio esperava voltar ao cargo, redimido dos erros e ovacionado pela população, o que acabou por não ocorrer.

         Quem deveria assumir a Presidência era o vice-presidente João Goulart, mais conhecido como Jango, que era ligado aos sindicatos de trabalhadores e, no momento da posse, estava em viagem à China. Por causa disso, a oposição e os militares quiseram impedir sua posse, acusando-o de ser também simpático ao comunismo. No entanto, Jango foi apoiado pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, e outros setores políticos.  

         Muitos temiam que a disputa entre os favoráveis e os contrários à posse de Jango provocasse uma guerra civil. Para impedir que isso acontecesse, o Congresso Nacional aceitou empossar Jango em setembro 1961, mas retirou dele alguns poderes. Assim, foi instituído o parlamentarismo, regime no qual o chefe de governo é o primeiro-ministro nomeado pelo Congresso, e não o presidente, que assume apenas atividades diplomáticas e representativas.  

         Pode-se dizer, portanto, que Jango governou com plenos poderes por pouco tempo, pois a autoridade necessária para realizar quaisquer mudanças relevantes para o país. Contudo em  1963, foi convocado um plebiscito para decidir se o regime parlamentarista deveria continuar ou se o Brasil deveria voltar ao presidencialismo. A maioria dos eleitores votou pelo presidencialismo e, assim, Jango pôde enfim assumir as funções para que tinha sido eleito no Executivo.

Explicação:

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