Geografia, perguntado por MatheusAlves934, 8 meses atrás

o português falado na África ao português falado no brasil? comente​

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Respondido por mundocriativothiagol
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Resposta:

As grandes diferenças são as influências de línguas nativas e estrangeiras, que resultam em palavras e expressões particulares. ... O português brasileiro tem influência de línguas indígenas e dos idiomas dos imigrantes, como árabes e italianos. Em Moçambique, o português é marcado por 20 línguas locais.

Respondido por vitoriarafaela2707
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A colonização da África por Portugal se deu, como no Brasil, por meio das grandes navegações e da ocupação das Ilhas Canárias no início do século XIV. Em 1415 os portugueses, de forma violenta, conquistaram Ceuta, e em 1460 Diogo Gomes ocupa Cabo Verde, seguindo-se a ocupação das ilhas no século XV. Esta ocupação perdurou até o século XIX.

No final do século XV Portugal estabeleceu nos portos do litoral oeste africano suas feitorias, e Bartolomeu Dias iniciou a colonização da costa oriental da África, quando dobrou o Cabo da Boa Esperança. A partir de então, e em meados do século seguinte, ingleses, franceses e holandeses também invadiram estas áreas, expulsando os portugueses das zonas costeiras. Portugal, no entanto, manteve algumas antigas colônias, como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Angola e Moçambique.

Foi em Angola e Moçambique que a Língua Portuguesa se manteve como língua falada de maneira mais forte. Contudo, muitas línguas (dialetos) nativas se mantém nestes locais, ao lado da língua portuguesa. O falar português é bastante semelhante ao de Portugal, já que não houve uma substituição da língua nativa pela língua portuguesa e sim uma “adesão” a esta nova língua que pela força da colonização acabou fazendo com que se tornasse língua oficial nestes países. O português falado nos países africanos possui apenas alguns traços próprios, como arcaísmos, dialetalismos, etc, semelhantemente ao que aconteceu no Brasil. De uma maneira geral, a influência das línguas negras foi muito leve, abrangendo apenas o léxico local.

Nos demais países o português falado não foi aderido como em Angola e Moçambique, nestes outros, apesar de ser língua oficial, ele é utilizado apenas na administração, no ensino, na imprensa e em relações com outros países. No cotidiano se usa as línguas nacionais (crioulos). Nestes países é maior também a influência das línguas locais sobre o português, o que causa um maior distanciamento entre o português por eles utilizado, e o português europeu, falado em Portugal.

Países africanos com a Língua Portuguesa como idioma oficial

Angola: Estimativas indicam que 70% da população fale uma das línguas nativas como primeira ou segunda língua, porém é o Português a língua oficial da Angola. Além dele, Angola possui em torno de 11 grupos linguísticos principais, que são divididos em cerca de 90 dialetos. O português acabou facilitando a comunicação entre estes grupos, e sofreu algumas modificações dando origem aos chamados crioulos, uma mistura entre o português europeu e as línguas nativas, denominados popularmente como pequeno português.

Cabo Verde: O português como língua oficial é utilizado em documentações oficiais e administrativas, nos meios de comunicação e na escolarização. Nos demais contextos de comunicação utiliza-se o cabo-verdiano, uma mesclagem entre o português arcaico e as línguas africanas. Este crioulo divide-se em dois dialetos, o das ilhas Barlavento e o das ilhas Sotavento (norte e sul, respectivamente).

Guiné-Bissau: O crioulo falado em Guiné-Bissau possui dois dialetos, um em Bissau, e outro em Cacheu, ao norte. O Português, no entanto, não é considerado língua materna, já que menos de 15% da população tem o domínio da língua portuguesa.

Moçambique: Lá o português tem o status de língua oficial, e é falado como segunda língua por uma parte da população. A grande maioria das pessoas que tem o português como língua materna mora nas áreas urbanas. De modo geral, na maior parte do país, a população fala línguas do grupo bantu.

São Tomé e Príncipe: Além do português, em São Tomé são faladas línguas locais, tais quais, o forro, o angolar, o tonga e o monco. Em Príncipe, fala-se o monco ou principense, um outro crioulo de base portuguesa, mas com acréscimos de línguas indo-européias. O crioulo cabo-verdiano também é bastante falado nas duas ilhas, tendo sido trazido ao país no século XX por milhares de emigrantes cabo-verdianos. O português utilizado nestas ilhas possui traços do português arcaico, tanto na pronúncia, quanto na norma escrita. Este é o português falado popularmente, enquanto que por políticos e pela alta sociedade, é utilizado o português europeu.

Há ainda outras áreas em que o Português é utilizado, mas com bem menos influência.

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