ENEM, perguntado por arydurans, 1 ano atrás

O interacionismo sociodiscursivo é um posicionamento baseado no movimento do interacionismo social. Seu principal objetivo é estudar o papel da linguagem e suas relações do pensamento. É executando a linguagem oral ou escrita que se constrói a interpretação do agir. Assim, você pode compreender a linguagem como um meio de interação e de construção da interpretação do agir. E para que isso aconteça você deve ir além da identificação dos seis elementos da comunicação e dê mais atenção ao que não está escrito. Diante desse contexto assinale a alternativa correta. a. Texto plenamente incorreto, pois o sociodiscursivo é quando falamos para públicos privados, apenas. b. Texto plenamente correto, pois essa é exatamente a forma de se construir o interacionismo. c. Texto correto, em partes, pois interacionismo não envolve nem indiretamente os seis elementos. d. Texto correto apenas quando cita os seis elementos da comunicação. e. Texto correto em partes, pois confunde quando fala sobre interacionismo e sociodiscursivo.

Soluções para a tarefa

Respondido por PauloAmaral123
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INTERACIONISMO SÓCIO-DISCURSIVOUMA ENTREVISTA

COM JEAN PAUL BRONCKART

Jean Paul Bronckart

Universidade de Genebra

ReVEL – Quais foram as áreas da Lingüística que influenciaram

mais as bases teóricas do Interacionismo Sócio-discursivo (ISD)?

Bronckart – Antes de responder a essa questão, tomarei a liberdade de,

primeiramente, ampliá-la, não me limitando apenas às influências da

lingüística, mas evocando também as bases, pelo menos as mais importantes,

de outras ciências humanassociais, em particular, da psicologia e da

sociologia. Em seguida, distinguirei, sem dúvida um pouco artificialmente, as

influências de ordem técnico-lingüísticas das de ordem mais nitidamente

epistemológicas e até filosóficas.

1.1. As influências “técnicas”

Nesse domínio, por mais surpreendente que possa parecer, o primeiro lingüista

que mencionaremos será Bloomfield (1933), pois a metodologia que ele

construiu (cf. a análise distribucional e a análise em constituintes imediatos)

forneceu instrumentos que foram, e continuam sendo, indispensáveis para toda

operacionalização de uma descrição e de uma classificação das empirias

lingüísticas. Não nos inscrevemos, portanto, no movimento, particularmente

vivo na França e em certos países latinos, que, após o desenvolvimento das

abordagens enunciativas eou pragmáticas, literalmente “diabolizaram” o

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estruturalismo e seus aportes. Em nossos estudos, que se voltam para a

organização e o funcionamento dos textosdiscursos, a primeira etapa consiste

sempre em uma identificação das categorias de unidades e de estruturas que

lhes são atestáveis, mesmo que depois prossigamos por outros procedimentos

de análise e de interpretação, que podem remeter à origem da identidade ou do

estatuto dos “objetos” gerados nessa análise estrutural inicial. De fato, a maioria

dos lingüistas contemporâneos procede como nós e exploram efetivamente os

métodos estruturais; em vez de mascarar essa situação, nós preferimos

explicitá-la e reconhecer nossa dívida ao olhar dessa corrente, da mesma forma

que, por outro lado, reconhecemos nossa dívida ao olhar de alguns aportes

teóricos e metodológicos de behaviorismo na psicologia. Dito isso, se

exploramos sem estado de alma, as técnicas provindas do behaviorismo

lingüístico, não aderimos, entretanto, à epistemologia que essa abordagem

subentende, como veremos no item 1.2.


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