O clima de radicalização ao qual chegou a Rússia às vésperas da revolução é relatado pelo jornalista norte-americano John Reed, que mais tarde participaria do governo bolchevique: Nós, americanos, custávamos a crer que a luta de classes fosse capaz de gerar ódios tão intensos. Vi oficiais da frente norte que preferiam abertamente uma catástrofe militar a qualquer entendimento com os comitês de soldados. O secretário da seção dos cadetes de Petrogrado garantiu-me que o descalabro econômico geral era parte de um plano organizado para desmoralizar a revolu- ção aos olhos das massas. Um diplomata aliado, cujo nome prometi não revelar, confirmou o que me dissera o oficial. Soube ainda que muitas minas de carvão perto de Khárkov tinham sido incendiadas e inundadas por seus próprios donos, e que muitos engenheiros de fábricas têxteis, antes de abandoná-las em poder dos operários, destruíram suas máquinas. Empregados ferroviários haviam sido igualmente surpreendidos por trabalhadores quando inutilizavam suas locomotivas. Grande parte da burguesia preferia os alemães à revolução. Nesse número, contava-se o próprio Governo Provisório, que não escondia mais seu ponto de vista.
(REED, John. Os dez dias que abalaram o mundo. São Paulo: Círculo do Livro, 1984. p. 32.)
com base em sua pesquisa na leitura do texto acima, você diria que o relato feito por John Reed sobre a Revolução
de outubro foi imparcial? Justifique.
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Olá, tudo bem?
Não, John Reed não foi imparcial em seus relatos sobre a Revolução Russa. Como é possível perceber ao ler o trecho trazido acima, ele põe no papel todo o seu entusiasmo com a Revolução. Em sua obra, “Dez dias que abalaram o mundo” é possível perceber que ele se incomoda com o fato da população geral, de todo, não se importar totalmente com a revolução. Desde sempre, Reed simpatizou com movimentos sociais, até anteriores à revolução Russa.
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